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Torcida viaja mais de 20 horas para improvisar acampamento

LÍGIA MESQUITA ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE

Ouvindo cumbia, um ritmo latino, no volume máximo e batucando um tamborim sem parar, o serigrafista Emanoel Quiroga, 31, nem parecia estar há mais de 20 horas dentro de um carro.

Passava das 21h de terça (24) quando ele e dois amigos de Buenos Aires entraram na fila do estacionamento do parque Farroupilha, em Porto Alegre, a última barreira para encerrar a viagem. O trio se juntaria a outros 2.500 argentinos acampados ali.

No "quintal" de um motorhome estampado com um adesivo escrito "seleção argentina", um grupo de amigos fazia um churrasco e tomava uma mistura de Campari com fruta dentro de um abacaxi. "O papa Francisco não disse para a gente fazer lío [bagunça, em tradução livre]? Nós fizemos o Lio... Lionel Messi!", brincava Martín Bau, 34, com uma declaração do sumo pontífice.

Ele e mais seis amigos viajaram por três dias no motorhome, "a 70 km por hora", para apoiar a Argentina nesta quarta contra a Nigéria. "Não dava para perder uma Copa ao lado da gente. Não temos entrada, mas isso não importa. Vamos torcer e torcer", disse o comerciante Sebastián Serantes, 34.

O metalúrgico Diego Rames, 34, também não tinha ingresso. Ele chegou ainda com luz do dia ao camping após viajar 16h com mais três companheiros. Deu sorte: sua barraca ficou debaixo de uma das tendas espalhadas pelo espaço, fugindo da chuva que cairia horas mais tarde.


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