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Chile se fecha e aposta na autoestima contra Brasil

Técnico interrompe treino após sobrevoo de helicóptero de TV; atletas se espelham em 'mentalidade vencedora' da Argentina

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

Rival brasileiro nas oitavas de final da Copa-14, o Chile se fechou ainda mais na preparação para o jogo deste sábado (28) e quer afastar o rótulo de "freguês" do Brasil.

Nesta quinta (26) o técnico Jorge Sampaoli interrompeu por 15 minutos o treino da equipe em Belo Horizonte, irritado com o sobrevoo de um helicóptero da TV Globo.

O Chile fazia um treino tático fechado --como tem sido desde a chegada da seleção a BH, há 22 dias-- quando a aeronave apareceu. Sampaoli só retomou a atividade após a Globo se comprometer a não usar as imagens.

Segundo a assessoria da seleção chilena, o treinador ainda ameaçou vetar a entrada da imprensa brasileira para as entrevistas diárias com jogadores, mas recuou.

Até jornalistas chilenos reclamam da reclusão da equipe e das informações escassas na Toca 2, centro do Cruzeiro onde o Chile treina. Passam o dia em frente ao local, na rua, sob o sol. "É uma situação indigna", disse o radialista Alvaro Lara, veterano em Copas do Mundo.

No centro de treinamento, dez carabineros (polícia chilena), devidamente fardados, comandam a segurança.

PENSAMENTO POSITIVO

Em meio à tensão para manter os segredos da equipe, o argentino Sampaoli também tenta mudar a mentalidade chilena em relação à seleção brasileira.

O objetivo é tirar do horizonte o histórico de derrotas para o Brasil em jogos decisivos em Copas. Foram eliminações em 1962, na semifinal da Copa no Chile, em 1998 e em 2010, ambas nas oitavas.

Jogadores ecoam o discurso motivacional de Sampaoli, em busca de ressonância entre a torcida chilena.

Em entrevista nesta quinta, o atacante Alexis Sánchez, do Barcelona, foi direto ao ponto e pediu aos chilenos que se espelhem nos argentinos. "Temos que ter mentalidade vencedora, que vamos ganhar lá na frente. Às vezes o chileno carece disso. É [ser] como o argentino, que entra ganhando", afirmou.

Desde que o confronto com o Brasil se confirmou, jogadores chilenos vêm reiterando o discurso do "é possível". "A história existe para ser mudada", disse Valdivia.

Na pregação de autoajuda, cabe até relativizar o papel de ídolos do passado. "Anos atrás falavam só de Salas e Zamorano. Temos grandes jogadores em times importantes e podemos vencer", afirmou o lateral direito Isla.


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