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Holanda e México jogam sob sombra de estigma

Seleções, que se enfrentam em Fortaleza neste domingo, vivem dilema de jogar bem mas nunca terem ganho uma Copa

ROBERTO DIAS ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA

Nunca se viu uma Holanda assim. Três vitórias em três jogos, saldo de sete gols --o melhor time da fase inicial.

Nunca se viu um México assim. Com o ouro olímpico de Londres-2012 no peito, arrastou milhares de torcedores para o Nordeste brasileiro e parou os donos da casa.

Nunca se viu, também, um ou outro ganhar a Copa.

Neste domingo (29), um deles vai ficar ainda mais estigmatizado como o time que "joga-como-nunca-e-perde-como-sempre". O vencedor vai ter mais três duelos para se livrar da alcunha.

O jogo em Fortaleza será o quarto dos mexicanos no Nordeste, o que facilitou a invasão da sua torcida. Não é um detalhe: primeiro país a receber duas Copas do Mundo (1970 e 1986), o México só sobreviveu às oitavas quando jogou em casa.

Na antevéspera do jogo, a equipe ganhou um "reforço" cearense. A Holanda usou uma lona para bloquear a visão de parte do gramado num treino secreto, e os jogadores saíram vaiados do estádio.

Outro adversário da equipe europeia deve ser o calor, fator que não chega a assustar os mexicanos. O duelo será às 13h, e a previsão é de sol e sensação térmica de 32ºC.

Por causa disso, os holandeses treinaram durante a semana com sol a pino no Rio, onde estão baseados.

O técnico, Louis van Gaal, disse que o clima vai afetar o jogo. "Tentamos deixar os jogadores tão prontos quanto possível. Isso deve afetar os jogadores mexicanos também, mas eles estão mais acostumados."

No Rio, para se refrescar, os holandeses foram com familiares a um clube da cidade e se divertiram na piscina.

A concentração "aberta" é uma das cartadas dos holandeses para curar a síndrome de perdedores. É a seleção que mais vezes chegou a decisões de Copa sem jamais tê-la conquistado.

A mais dolorida derrota foi em 1974, quando a Laranja Mecânica de Johann Cruyff revolucionou o futebol para na final sucumbir à Alemanha de Franz Beckenbauer. A Holanda voltaria a perder na decisão da Copa seguinte, novamente diante dos anfitriões --a Argentina.

A última das três derrotas foi em 2010, para a Espanha, na prorrogação. "Foi um dos momentos mais difíceis da minha carreira", diz o meia Sneijder, que se casou uma semana depois daquele jogo.

Ele foi o algoz do Brasil naquele Mundial, marcando os dois gols que eliminaram a seleção de Dunga.

Depois de quase ser barrado desta Copa, firmou-se no time e esbanja confiança no título. "Temos uma grande equipe. Por que não podemos ganhar desta vez?"


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