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Sempre chega

QUARTAS Pragmática, Alemanha vence França e é a primeira seleção quatro vezes seguidas semifinalista em Copas

FABIO VICTOR FABIANO MAISONNAVE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO

Na reta final da Copa, a tal eficiência alemã voltou a dar as caras. Mesmo sem mostrar bom futebol, num jogo muito abaixo da expectativa gerada, a tricampeã venceu a França por 1 a 0, nesta sexta, no Maracanã, e se classificou à quarta semifinal seguida.

É a primeira seleção a atingir essa sequência em Mundiais. Nos três últimos, porém, os alemães não ficaram com a taça (vice em 2002 e terceiros em 2006 e 2010).

Campeã em 1954, 1974 e 1990, a Alemanha empata com o Brasil como o país que mais disputou finais, sete cada um, sendo que os europeus amargaram o vice quatro vezes (1966, 1982, 1986 e 2002), ante só duas do Brasil (1950 e 1998).

O zagueiro Hummels, que desfalcara a Alemanha nas oitavas, com gripe e febre, marcou de cabeça o único gol, logo aos 13min, e foi o destaque da partida, ao lado do goleiro Neuer.

"Quatro semifinais em quatro Copas é um ótimo desempenho, mas tentaremos dar um passo a mais. Temos qualidades para isso", disse o técnico alemão, Joachim Löw, presente em três delas (em 2006 como auxiliar).

A Alemanha foi a campo com mudanças. Além de ceder à pressão da mídia e escalar Lahm na lateral direita, desfazendo a linha defensiva de quatro zagueiros, Löw pôs pela primeira vez Klose como titular. Khedira jogou ao lado de Schweinsteiger no meio.

O treinador justificou a alteração alegando que o meio de campo francês é muito forte e, por isso, seu time precisava criar opções ofensivas pelas laterais.

Se por um lado Lahm apoiou o ataque, a Alemanha foi mais pragmática, em contraste com o futebol tecnicamente mais vistoso da França. Benzema foi o maior finalizador do jogo, com seis chutes que acertaram o gol, dois deles defendidos por Neuer.

No gol alemão, Kross cobrou falta da esquerda na cabeça de Hummels, que, mal marcado por Varane, nem precisou pular para mandar às redes. Foi o segundo gol do zagueiro, que, também de cabeça, marcara na estreia contra Portugal.

Após sofrer o gol, a França melhorou na partida e teve três chances seguidas, com Valbuena e Benzema, duas vezes. Os franceses também atacaram mais no segundo tempo, igualando a posse de bola, que no fim resultou em 50% para cada time. Mas foram sofríveis ao finalizar ou encontraram Neuer pela frente.

O técnico Didier Deschamps disse que ele e seu time estavam tristes e frustrados. "Não tínhamos a experiência deles [alemães], mas tenho muito orgulho do que nosso time fez desde que pisou no Brasil. Apesar da dificuldade de aceitar a eliminação, há um caminho a ser trilhado", disse, insinuando que poderá continuar à frente dos Bleus.

"Hoje faltou pouco, mas esse pouco que faltou não estava do nosso lado", disse Deschamps.

Típico numa reta final de Copa, prevaleceu a eficiência germânica. Mas, como lembrou Podolski, ela tem limites. "Estamos na quarta semifinal seguida, mas você só é o melhor time do mundo quando ganha a Copa", disse o meia-atacante alemão.


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