Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Queria estar na final no Maracanã, afirma o atacante

Jogador, que colocou mensagem em rede social antes do jogo, caminhou sem auxílio por condomínio

DIEGO IWATA LIMA ENVIADO ESPECIAL AO GUARUJÁ

Neymar começou cedo a terça-feira (8) em que a seleção brasileira sofreu o maior vexame de sua história.

Por volta das 11h, o jogador, que assistiu ao jogo com amigos e familiares no condomínio de luxo Jardim Acapulco, no Guarujá (litoral paulista), já havia postado em seu perfil no Instagram.

Como se parecesse prever o que aconteceria, no longo texto, que acompanhou uma montagem com os rostos de todos os convocados, pedia que todos acreditassem e torcessem pela seleção até o fim.

"Queria pedir para torcermos juntos até o último segundo porque quero muito, mas muito mesmo estar com todos (torcida e meus companheiros) no próximo domingo dentro de campo no Maracanã. Deus é fiel!", escreveu.

Foi sua última manifestação do dia nas mídias sociais.

Em casa, o jogador esteve uniformizado durante todo o dia. Por volta das 13h, caminhou pelo condomínio sem nenhum tipo de auxílio e com um agasalho da seleção.

Davi Lucca, seu filho, chegou ao local perto das 10h, acompanhado da avó e da babá. Namorada do craque, a atriz Bruna Marquezine também chegou pela manhã.

TORCEDORES

Na portaria do condomínio, o clima foi de tranquilidade antes, durante e depois do jogo. Apenas alguns curiosos, de carro ou bicicleta, perturbavam a calmaria. Dentro do condomínio, vizinhos fizeram romaria até a frente da casa de Neymar, que acenou da sacada algumas vezes.

Alguns dos que receberam os acenos saíram com fotos no celular e tentavam vendê-las aos jornalistas. "Eu mostro, mas, para você ficar com ela, vai ter de me dar R$ 500", disse à Folha um jovem de 13 anos, que estava de bicicleta.

Minutos antes do início do jogo, mais de 50 pessoas chegaram a se concentrar em frente à casa de luxo. Dois seguranças faziam a guarda.

Um grupo de quatro pessoas viajou 7.000 quilômetros de carro desde a capital do Peru, Lima. Eles produzem um documentário e queriam um autógrafo do jogador na lataria do carro.

Um torcedor que se identificou como Neco, 36, pedia em um banner para ver o jogo com o camisa 10.

Com um cartaz em mãos, Welker Souza, 25, portador de paralisia cerebral, queria apenas que seu blog fosse divulgado pelo craque.

Moradores que passavam pela portaria levavam encomendas para Neymar, como cartas e camisas. Alguns voltavam com camisas com assinaturas que, diziam, era dele.

Quando o jogo começou, as ruas no entorno do condomínio ficaram desertas.

Por volta das 19h, minutos após o jogo, na região do condomínio Jardim Acapulco, parecia que nada fora do comum ocorrera --não fosse por alguns fogos de artifício que espocavam, possivelmente para encerrar os estoques reservados para a final.

As pessoas voltavam às suas casas, e os estabelecimentos comerciais reabriram as portas para completar o turno de trabalho.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página