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Pra gringo ver

NELSON DE SÁ @nelson_de_sa

Sem palavras

Em enunciados mundo afora, foi um amontoado de adjetivos, liderados por "humilhado" no colombiano "El Tiempo", no francês "Le Monde", na BBC, na CNN. Nos mais contidos, do "Times of India" ao "New York Times", "atortoado". A coleção de qualificativos do "NYT" começou ainda no "liveblog" e chegou a três em série, "inesperado, histórico, inexplicável". Não faltou ironia: no "HuffPost", "Waxed", encerado e também depilado _em referência à "brazilian wax".

Por outro lado, o tabloide alemão "Bild" resumiu, já em sua manchete de papel, "Sem palavras".

"Em quase meio século de futebol, este é o jogo mais extraordinário, surpreendente, desconcertante que eu jamais vi"
Gary Lineker
ex-ídolo de futebol, comentarista das transmissões da BBC

"Quantos editores de esportes estão agora dizendo: Hmm, talvez blitzkrieg não seja a palavra adequada neste momento"
Simon Schama
historiador, que escreve um blog sobre a Copa para a "New Republic"

LOL Pouco antes do jogo, o site FiveThirtyEight e seu editor, o estatístico Nate Silver, postaram que a seleção brasileira venceria a alemã, com 65% de chances contra 35%. Hoje ligado à ESPN, Silver é célebre nos EUA pelo acerto em eleições presidenciais e para o Senado. Seu erro acabou ironizado até por Glenn Greenwald, jornalista que desvendou o escândalo NSA. Outra aposta que rendeu ironia foi a de Ilan Goldfajn, do Itaú, que havia calculado no "NYT" que o Brasil seria campeão.

E Dilma? Nem havia terminado o jogo e o presidente do mais influente "think tank" de política externa dos EUA tuitou que "não será boa notícia para a perspectiva de eleição da primeira-ministra". Ouviu piadas, por ser regime presidencialista, mas o eventual efeito sobre Dilma Rousseff foi assunto por toda parte. O "Financial Times" escreveu que o "show de horror" ou "a humilhação sinaliza um final desapontador para o que vinha sendo uma Copa tranquila e é má notícia para Dilma".


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