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Comemorar fiasco é tiro no pé, avalia oposição

DANIELA LIMA MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Diante da derrota histórica da seleção brasileira, os dois principais adversários da presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial foram cautelosos em suas declarações públicas.

Nas campanhas de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) foi consenso que qualquer gesto que pudesse soar como "comemoração" ao fiasco do time na Copa seria um "tiro no pé".

Aécio foi ao Mineirão, em Belo Horizonte, assistir à partida, mas não divulgou.

Sem assessores ou seguranças, o tucano preferiu a discrição para evitar eventuais vaias ou a politização do resultado da partida. Sua ida ao estádio só foi confirmada após o fim da partida.

Ele, que vinha divulgando fotos após os jogos em suas redes sociais, evitou a exposição desta vez.

O registro estava no álbum virtual de fotos de Pedro Pimenta da Veiga, amigo do tucano e filho de seu candidato ao governo de Minas.

Campos, que também vinha exibindo retratos com a família após as partidas, adotou a mesma estratégia e não divulgou imagens suas durante o jogo --ele estava em sua casa, no Recife.

Em seus pronunciamentos públicos, ambos expressaram solidariedade com os torcedores e a seleção.

Aécio divulgou nota em que disse compartilhar "como torcedor e como brasileiro" a frustração diante do resultado. "Dessa vez não deu, mas vamos em frente. Outras vitórias virão."

Campos disse por meio de redes sociais que, "como todos os brasileiros", lamenta a derrota, mas que "o povo fez uma festa linda" e que tem "certeza de que voltaremos mais fortes em 2018".

Estrategistas das duas campanhas, no entanto, afirmam que a derrocada da seleção vai acelerar o fim do clima que descrevem como uma espécie de "primavera" ou "carnaval estendido", o que fará os eleitores voltarem a refletir sobre os "problemas do país".

A Copa, como mostrou o Datafolha, havia aliviado o mau humor dos brasileiros com o governo. Aécio chegou a criticar publicamente o uso político da seleção por Dilma.

A equipe de Campos faz reparos à estratégia de Aécio. Para eles, o mau humor com Dilma voltaria naturalmente após a Copa.

Do lado tucano, os estrategistas avaliaram as flutuações de humor como algo pontual e que se dissolveria de maneira espontânea após os jogos. A derrota do Brasil, de certa forma, antecipa esse movimento, avaliam.


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