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Em Buenos Aires, torcida trata Brasil como o adversário da final

FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES

A Argentina joga a final contra a Alemanha, mas em Buenos Aires só se fala de um rival: o Brasil. Assim que a seleção do país venceu a Holanda, o hino da torcida, "Brasil, decime que se siente", uma letra provocativa, começou a ser cantado pelas ruas.

Uma multidão se dirigiu ao obelisco, ponto tradicional para grandes manifestações na capital do país. Na torcida, crianças, famílias, mulheres e alguns idosos.

Além da canção inventada especialmente para esta Copa, os argentinos cantavam "quem não salta é do Brasil". Alguns deles carregavam um cartaz em que se lia "Tchau, Brasil", com uma foto de um Neymar chorando.

Um Cristo Redentor inflável, que havia sido erguido perto do obelisco, foi atacado pelos torcedores que lotavam a avenida.Tiveram que puxar o boneco, embrulhá-lo e levá-lo embora para que não fosse rasgado ou pisoteado.

Centenas de milhares foram comemorar a primeira final em 24 anos.

"A festa está maior do que a de 1986 ou de a 1990. Naquela época, achávamos que sempre chegaríamos à final", diz o engenheiro Marcelo Gonzales, 44.

"Só me lembro de tanta gente no obelisco quando o [ex-presidente] Néstor Kirchner morreu [em 2010]", diz o músico Juan Ignácio, 23. Os dois dizem que um fator especial tornou a festa maior: é a Copa no Brasil. "Vocês nunca ganharam em casa. Vamos superar a seleção de vocês."

Os argentinos quase não falam sobre os alemães, rivais em uma final pela terceira vez. "É possível ganhar deles. Mas é muito difícil", afirma a engenheira Lina Szlapak.


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