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Argentinos tomam centro de SP para celebrar vitória

Durante o jogo, Fan Fest reuniu 30 mil pessoas; Vila Madalena tem clima de ressaca de brasileiros e comemoração tímida de vizinhos

DE SÃO PAULO

Argentinos alucinados, pendurados nas colunas do Theatro Municipal. Outro grupo no começo da avenida São João, agitando bandeiras do país, do Boca e do River.

Mais centenas em frente à entrada do metrô Anhangabaú, cantando "Maradona es más grande que Pelé".

Esse era o cenário do centro de São Paulo na noite desta quarta (9), pouco depois da vitória da Argentina sobre a Holanda.

Antes, a Fan Fest, no Vale do Anhangabaú, havia reunído 30 mil pessoas.

Apesar das provocações dos vizinhos, que têm a chance de vencer um Mundial após 28 anos, os brasileiros estavam resignados.

Muitos entraram na brincadeira e cantaram junto. Quem não tinha paciência passava reto. Até as 21h, a PM ainda não havia registrado ocorrências significativas na região.

UNIÃO CORINTIANA

Durante a partida, grupos de argentinos e brasileiros se provocavam mutuamente. Só dois jogadores eram unanimidade: Tevez e Mascherano.

"Os dois jogaram no Corinthians e foram bem. Torci por Mascherano e senti falta da raça de Tevez na Copa", disse o assistente de produção Anderson Nascimento. Tevez não foi convocado.

"Mascherano é um dos melhores jogadores do nosso time, adoramos. Tevez é polêmico, mas eu o queria na seleção. Pena que é brigado com o treinador", afirmou Daphne Austin, publicitária argentina de 23 anos.

APAGÃO NA VILA

A partida entre Argentina e Holanda teve clima de ressaca entre torcedores que foram à Vila Madalena. Antes do jogo, uma chuva fina, porém constante, esfriou ainda mais o ânimo do público.

Para piorar, a região sofreu um apagão, que durou uma hora, no momento da semifinal. Segundo a Eletropaulo, a causa foi um objeto, que caiu sobre os fios condutores.

Sem energia para transmitir o jogo, alguns bares faziam rodas de samba, às escuras, animados com pandeiros.

Já a comemoração dos argentinos no bairro foi mais tímida --mas não menos barulhenta-- do que a de uma semana atrás, quando a seleção de Messi também jogou em São Paulo e venceu a Suíça.

Desta vez, menos hermanos se deslocaram para a região. A PM estimou o público em 5.000 pessoas até as 23h. Segundo a polícia, a chuva e a eliminação do Brasil contribuíram para reduzir a quantidade de pessoas na Vila.

Até a conclusão desta edição, não havia registro de brigas. A Folha presenciou algumas discussões que não evoluíram para a agressão porque os torcedores dos dois lados trataram logo de separar os envolvidos.

O vendedor Rafael Cruvinel, 23, era um dos que mais respondiam com bom humor e gritos de guerra às provocações argentinas em cima da goleada alemã. "Tá difícil provocar porque eles só fazem o número 7. Mas tudo bem, o negócio é gritar pentacampeão porque eles só têm duas Copas." (PEDRO CRAVEIRO, LÍGIA MESQUITA, REYNALDO TUROLLO E ROBERTO DE OLIVEIRA)


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