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Justiça determina nova prisão de diretor da Match

Diretor acusado de integrar quadrilha deixou hotel pelos fundos; empresa nega ilegalidade

DIANA BRITO MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

A Justiça do Rio decretou nesta quinta-feira (10), pela segunda vez em quatro dias, a prisão de um executivo de empresa parceira da Fifa acusado de fornecer ingressos para uma quadrilha internacional de cambistas.

O inglês Raymond Whelan, diretor-executivo da Match, fugiu do hotel Copacabana Palace por volta das 15h, uma hora antes da chegada dos policiais --a TV do quarto dele ainda estava ligada. Passou a ser tido por foragido.

A Match é a única empresa autorizada pela Fifa a vender entradas para áreas VIP dos estádios da Copa.

Whelan foi flagrado em grampos autorizados pela Justiça em supostas negociações ilegais com cambistas. Na segunda (7), ao ser preso pela primeira vez, houve apreensão de 84 ingressos da Copa em seu quarto de hotel.

Imagens de segurança registraram o inglês deixando o hotel, que é um QG informal da Fifa na Copa, por uma porta lateral, de funcionários. Estava com seu advogado.

"Isso mostra como essas pessoas se acham acima da lei", disse Marcos Kac, promotor que atua no caso.

DENÚNCIA

A Justiça recebeu ontem denúncia do Ministério Público contra 12 pessoas acusadas integrar o suposto esquema de venda irregular de ingressos. Decretou a prisão preventiva de 11 delas.

Nove dos acusados já estavam detidos desde o início da semana. O décimo, Marcelo Pavão, se apresentou à polícia durante a tarde.

A Promotoria não pediu a renovação da prisão de um dos acusados, o advogado José Massih, que vem colaborando com as investigações.

A partir do recebimento da denúncia, os citados passam a ser réus. Responderão por organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação.

Suspeita-se ainda que o grupo tenha vendido ingressos desviados de federações, como a CBF, que nega.

ORDEM DE PRISÃO

Whelan não havia sido localizado até a conclusão desta edição. Seu advogado Fernando Fernandes disse que iria recorrer da ordem de prisão por considerar que o habeas corpus que libertara seu cliente na terça (8) proíbe novas detenções. A polícia do Rio acionou Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Interpol para tentar impedir que o diretor deixe o país.

Para polícia e Ministério Público, Whelan repassava ingressos para serem vendidos no mercado negro pelo franco-argelino Lamine Fofana, apontado como o principal cambista do grupo.

A Promotoria enviou trechos do inquérito ao Ministério Público Federal para apuração de indícios de evasão de divisas, crime federal. Suspeita-se que valores obtidos pelo grupo tenham sido enviados ao exterior.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos demais acusados.


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