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Tostão na Copa

De 12 em 12 anos

Milhões de crianças sonhando em ser um deles, e o país só tem um craque no meio e no ataque (Neymar)

Todos nos iludimos com a Copa das Confederações, com a fama de Felipão ser o rei do mata-mata, com a relação de um pai super-herói com seus mimados filhos, que Neymar traria o título e com o marketing e a indústria de entretenimento, que transformam jogadores comuns em craques.

A prepotência da comissão técnica, antes do Mundial, ao dizer que o Brasil estava com a mão na taça, repetiu-se após a vergonhosa goleada, ao falar que houve apenas uma inexplicável pane e que o trabalho foi perfeito. É a mesma prepotência da maioria dos técnicos e dirigentes quando dizem que não há nada para aprender fora do país.

A presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil precisa parar de exportar jogadores. Seria ótimo, mas o problema principal é não saber formar grandes talentos. É inadmissível que um país de tanta tradição, imenso, com milhões de crianças sonhando em ser craques, em vez de estarem em boas escolas públicas, em horário integral, só tenha um craque no meio-campo e no ataque (Neymar).

Minha esperança está na conta de 12 anos. Na Copa do Mundo de 1958, o Brasil teve um time espetacular, que se prolongou até 1962. Doze anos depois de 1958, surgiu a fascinante seleção de 1970. Doze anos depois, a de 1982, que não ganhou, mas que encantou, com vários craques. Doze anos depois, em 1994, tinha um time organizado e um fora de série (Romário). Pela sequência, o Brasil teria uma grande seleção em 2006 e/ou grandes craques, como tinha (Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e outros). Ganhou em 2002. Houve apenas uma pequena diferença de tempo.

Nesse raciocínio otimista e supersticioso, contando a partir de 2006, poderemos ter, em 2018, uma grande seleção. Já temos dois excelentes zagueiros e Neymar, que estará mais maduro, com 26 anos. Falta o restante, mais craques e um jogo coletivo menos medíocre.


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