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Opinião o novo técnico

Com Dunga de volta à seleção, futebol do Brasil dá marcha a ré

Técnico nunca teve --e nunca terá-- capacidade para comandar a equipe

HUMBERTO PERON COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Estranho é o futebol brasileiro. Toda vez que ele precisa de um processo de renovação ele volta vários passos.

Era esperada uma mudança radical com a saída de Ricardo Teixeira do cargo de presidente da CBF, mas ele foi substituído por José Maria Marin, que já na década de 1980, havia transformado a Federação Paulista de Futebol em um caos, e agora está fazendo o mesmo a frente do futebol brasileiro, com atos como estes --só para ficar nas asneiras dos últimos dias: a indicação de Gilmar Rinaldi como coordenador e Dunga como técnico da seleção.

Dunga nunca teve a capacidade --e nunca terá-- para comandar a seleção brasileira. O ex-volante não fez um bom trabalho quando foi técnico da seleção. Tudo bem que os que o defendem usam o bom retrospecto e alguns títulos conquistados para justificar que ele foi bem --aliás, Felipão também tinha bons números até o desastre contra a Alemanha...

No período que ele comandou a seleção, Dunga não fez nenhuma inovação, não revelou nenhum grande jogador. Para a Copa de 2010, levou um time envelhecido com jogadores que não tinham condições de jogar uma Copa do Mundo --se não temos um bom time hoje, Dunga tem grande participação nisso.

Na Copa da África do Sul, Dunga armou um time sem um repertório de jogadas ofensivas e que na primeira adversidade, contra a Holanda, perdeu totalmente o rumo.

Fora da seleção, ele fez um trabalho medíocre no Internacional, no ano passado (OK, ele venceu o Gaúcho).

Mesmo tendo um dos elencos mais caros do país, Dunga não deu padrão de jogo à equipe e mais uma vez, deixou terra arrasada --não custa lembrar que o time foi ameaçado de rebaixamento.

No momento em que se fala que o futebol brasileiro precisa uma revolução tática, Dunga tem muito pouco repertório para fazer isso.

Moderno --e modelo de time vencedor-- para ele é o Brasil que conquistou o tetra no Mundial de 1994, equipe em que ele era o capitão. Ou seja, o time armado no tradicional 4-4-2, com três ou dois "Dungas" no meio.

A Alemanha, fazendo tudo certo, precisou de 12 anos para montar um time que ganhou a Copa. Com "Marins", "Polos", "Gilmares" e "Dungas" vamos precisar de uns 30 anos, pois nossos projetos de renovação, nos últimos anos, sempre fizeram nosso futebol dar marcha a ré.


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