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Mais uma vez, quase

Brasil perde final da Liga para os EUA e vai para o Mundial na Polônia com um jejum de quatro anos sem ganhar um título importante

MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO

No vôlei a bola não bate na trave, mas é essa a sensação da seleção brasileira nos últimos quatro anos.

Desde que conquistou a Liga Mundial (pela nona vez) e o Mundial (pela terceira) em 2010, o Brasil está em um jejum de títulos inédito nos 13 anos da era Bernardinho.

A derrota para os EUA, neste domingo, por 3 sets a 1 (parciais de 31/29, 21/25, 20/25 e 23/25) foi mais um "quase" deste atual ciclo da seleção que foi vice na Liga Mundial do ano passado --como em 2011-- e prata na Olimpíada de Londres, em 2012 --como em Pequim-2008, para citar os torneios mais importantes.

"Precisamos ter a humildade de reconhecer o que eles [americanos] fizeram. Tecnicamente e individualmente eles foram melhores", afirmou o técnico Bernardinho, oito vezes campeão da Liga.

No entanto, desde o último grande título deste elenco, há quatro anos, a rotina é de segundos lugares ou quedas prematuras. Sinal de alerta para o principal campeonato do ano, o Mundial da Polônia, de 30 de agosto a 21 de setembro. O Brasil é o atual tricampeão e pode ser o primeiro país a conquistar o tetracampeonato consecutivo.

"A gente quer sempre vencer, queria ganhar hoje [dos EUA], então fica o sentimento de frustração. A gente lutou, se superou, mas precisa jogar em um nível melhor no Mundial, porque vai ser mais difícil", analisou o capitão e levantador Bruninho.

O ponteiro Lucarelli concorda que a Liga serve de lição para o Mundial.

"Se tiver que melhorar a concentração, vamos melhorar. Se for parte física, vamos lá. Temos que chegar melhor", avaliou o jogador.

*HORA DE ESTUDAR *

Atletas e técnico deixaram a quadra em Florença, na Itália, falando em "estudar", "avaliar" e "fazer algo" (palavras de Bernardinho) para voltarem a ser campeões.

Segundo o central Gustavo Endres, campeão olímpico em Atenas-2004 e bi Mundial (2002 e 2006), a seleção está entre as favoritas para o título na Polônia, em setembro, mas falta algo ainda.

Além do Brasil, ele aposta em Rússia, Itália e EUA, além dos donos da casa, como prováveis semifinalistas.

"Precisa fazer alguma coisa diferente. Seja melhorar taticamente ou individualmente. Estamos batendo na porta e vamos para o Mundial fortalecidos. Mostramos que podemos ganhar", declarou o jogador à Folha.

"É encaixar, alguém jogar a final um pouquinho acima da média, e vamos ganhar", completou o atleta já aposentado da seleção brasileira.

Na análise do ex-capitão da equipe, os rivais do Brasil conseguiram ter esse diferencial nas últimas finais. Neste domingo (20), os destaques foram o oposto Anderson e o ponteiro Sander. Os americanos fizeram, respectivamente, 23 e 24 pontos, ou seja, quase um set inteiro cada um.

Para Gustavo, o Brasil tem "grandes talentos", como os ponteiros Murilo (eleito o melhor no Mundial de 2010) e Lucarelli. E centrais (Lucão e Sidão) "até melhores" do que na geração anterior, a dele.

O vice deste domingo, aliás, é o terceiro em três finais importantes diante dos americanos. As duas derrotas anteriores foram nas decisões das Olimpíadas de Los Angeles-1984 e Pequim-2008.

Bolas que também bateram na trave, ou melhor, caíram do lado de fora da linha.


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