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Para Dunga, cena de choro prejudicou a seleção na Copa
SELEÇÃO Em entrevista ao 'Fantástico', treinador defende a necessidade de mais foco e autocontrole
O novo comandante da seleção brasileira quer um time focado, que não chore, que tenha mais firmeza nas cobranças e que não dependa de Neymar.
Em entrevista exibida na noite deste domingo (27) no programa "Fantástico" da TV Globo, Dunga mostrou que a linha dura que marcou seu trabalho à frente da seleção há quatro anos deve voltar, mesmo que mais amena.
O treinador avaliou como negativos os episódios em que os jogadores brasileiros choraram em campo durante a Copa.
"Não pode se emocionar muito. Tem que ser criado um equilíbrio emocional", disse o treinador.
Comentando o mesmo episódio em entrevista à edição desta semana da revista "Veja", Dunga deu declarações similares.
"Pega mal no meio do futebol. Nós somos machistas, temos aquela coisa de que homem não chora", afirmou.
A vitória brasileira nos pênaltis nas oitavas de final, contra o Chile, foi marcada pelo choro dentro do gramado de vários jogadores, entre eles Júlio César e Thiago Silva.
Na entrevista ao "Fantástico", Dunga pediu também mais firmeza nas cobranças que os jogadores fazem entre si, e alegou que o excesso de exposição na mídia os deixa inibidos.
"Todo mundo tem grande exposição, e isso deixa com medinho de dar bronca, mandar para aquele país'. Está faltando isso", disse.
O treinador da seleção brasileira foi incisivo em suas críticas a aspectos extracampo durante a preparação para a última Copa.
Ele afirmou que a seleção brasileira tem que estar em primeiro lugar para os jogadores, antes de marketing e de família.
Na mesma linha, cutucou Daniel Alves e Neymar, que segundo ele deveriam ter modificado seus penteados antes ou depois da Copa, e não durante o torneio.
Por fim, defendeu que o time não pode depender tanto de Neymar.
"O que a gente quer é não jogar em função do Neymar. Ele vai jogar em função do Brasil", disse.