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Corinthians já avalia como evitar pena pesada a Petros
TRIBUNAL
Árbitro diz que foi atingido pelo meia de maneira intencional
A situação de Petros se complicou com o adendo que o árbitro Raphael Claus fez na súmula do clássico entre Santos e Corinthians. A estratégia do clube, se a absolvição do meia não for possível, é reduzir a pena ao máximo.
Durante o clássico de domingo (10), Claus atrapalhou uma jogada de Jadson. Em seguida, Petros parece empurrar, por trás, o juiz com o braço esquerdo.
Claus não havia relatado nada na súmula. Mas fez um adendo no dia seguinte dizendo ter visto o replay do lance. "Percebi claramente que o atleta de número 40 da equipe do Corinthians [Petros] corre em minha direção e atinge minhas costas com o braço esquerdo de maneira intencional", adicionou.
"Vamos definir a estratégia de defesa com mais detalhes na próxima semana", diz o advogado corintiano, João Zanforlim.
A intenção é desqualificar o incidente como agressão ao árbitro, em que a pena mínima seria de seis meses.
O Corinthians estuda pedir a mudança para o artigo 250 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva ("praticar ato desleal ou hostil durante a partida"). A punição seria suspensão de 15 a 60 dias.
A denúncia será feita nos próximos dias pelo procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt. Ainda não há data marcada para o julgamento.
PROTEÇÃO
Petros passou a manhã se explicando para os colegas de elenco no centro de treinamento do clube. Insistiu que o lance não foi intencional. Teria esticado o braço apenas para proteger a boca.
Fabio Santos disse que, apesar do risco de suspensão, o meia estava tranquilo.
Especulou que poderia estar tenso demais por causa do clássico.
"Foi um jogo muito igual, brigado e faltoso, especialmente no primeiro tempo. Não tenho opinião formada sobre o assunto [o empurrão], mas pelo excesso de vontade que entramos, o Petros pode ter tido essa atitude [empurrão]", analisou o lateral.
Até Mano Menezes reconheceu que seu jogador cometeu um erro. "Não adianta brigar com as imagens", declarou. Mas pediu que Petros não seja "crucificado" em caso de condenação.