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'Time do papa' garante conquista inédita

LIBERTADORES
San Lorenzo bate Nacional, do Paraguai, e deixa de ser único grande da Argentina sem o troféu

RAFAEL REIS ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

Antes do jogo, uma estátua do papa Francisco repousava em frente ao Novo Gasômetro, como se abençoasse o San Lorenzo. Enquanto isso, um torcedor rezava desesperado ao fã mais ilustre do clube e tantos outros, sem ingresso, aglutinavam-se em frente ao estádio tentando uma forma, sabe lá Deus como, de acompanhar a final.

Tantas demonstrações de fé e atos desesperados na noite fria de Buenos Aires foram recompensados quando o apito do brasileiro Sandro Meira Ricci fez explodir um grito de "campeón" entalado nas gargantas argentinas, nesta quarta-feira (13).

Cento e seis anos após a fundação do clube, a torcida que canta orgulhosamente que não é "Boca e nem River Plate" e que a "Libertadores é obsessão" finalmente pode chamar de seu o maior título do futebol sul-americano.

A vitória por 1 a 0 sobre o paraguaio Nacional, gol de pênalti convertido pelo volante Ortigoza, colocou a equipe do papa onde os outros quatro grandes tradicionais do futebol argentino já estavam há um bom tempo.

Como Boca, River, Independiente e Racing, o San Lorenzo é agora campeão.

Da mesma forma que aconteceu com o Corinthians dois anos atrás, o clube de Buenos Aires não ouvirá mais dos seus arquirrivais piadas sobre a falta de uma história de sucesso internacional, de conquistas fora do seu país.

E tal como o time brasileiro, que se reconstruiu depois de ser rebaixado à Série B 2007, o San Lorenzo teve de conhecer o inferno antes de conseguir alcançar o céu.

Atolado em dívidas e praticamente falido, o clube esteve prestes a cair para a segunda divisão argentina em 2012. Safou-se da queda, foi campeão nacional no ano seguinte e agora teve o momento de maior glória da história.

O drama continuou até a decisão. O San Lorenzo vencia o jogo de ida, no Paraguai, por 1 a 0 e tinha o título praticamente em mãos até os acréscimos do segundo tempo, quando sofreu o empate.

O resultado obrigava o time a vencer em casa para ser campeão sem depender de prorrogação ou pênaltis.

Mas foi o time visitante que começou a decisão criando as melhores chances.

A situação só mudou quando, após um escanteio, um chute de Cauteruccio foi interceptado com a mão. A cobrança foi sem frescura. Ortigoza bateu no meio. E, como o goleiro Don caiu para a direita, a bola entrou.

Alegria para uma torcida que ainda temeu cada ataque do Nacional por mais de uma hora. E que comemorou o título com uma frase bem significativa: "Chegou ao fim".


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