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Decepção

Após eliminação na Copa do Brasil, presidente do São Paulo destaca a 'repetição de momentos infelizes' do time, mas mantém o técnico Muricy Ramalho no comando

RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO

Um dia após a eliminação na Copa do Brasil, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, criticou o futebol que o time tem apresentado recentemente.

"Falta alguma coisa. Entrosamento, malícia para segurar a bola. Não dá para tomar três gols do Bragantino. Tínhamos a vantagem de jogar pelo empate, era só tocar, mas abrimos o jogo. Estou decepcionado", disse Aidar, em entrevista coletiva no centro de treinamento do clube.

Na quarta (13), o São Paulo foi eliminado na terceira fase da Copa do Brasil ao perder de 3 a 1 para o Bragantino --18º colocado da Série B do Brasileiro--, no Morumbi.

O presidente garantiu a permanência do técnico Muricy Ramalho, mas deixou no ar, de maneira enigmática, que pode mudar de ideia.

"Segundo a minha terapeuta, minha paciência está no fim. Vou esperar mais duas semanas para saber se ela tem razão", disse Aidar, com um sorriso no rosto.

"Aprendi com meu pai [Henri Aidar, ex-presidente do São Paulo] a ter frieza, a não reagir debaixo de emoção. O Muricy será o treinador enquanto ele quiser e enquanto eu for presidente. Só a longevidade do treinador ajuda a trazer resultado", completou o dirigente, sobre o contrato do técnico, que vai até o fim de 2015.

Apesar de assegurar Muricy, Aidar destacou a "repetição de momentos infelizes". Desde que voltou ao São Paulo, em setembro de 2013, o técnico já foi eliminado três vezes em jogos de mata-mata para times do interior paulista --caiu também para a Ponte Preta na Sul-Americana de 2013 e para o Penapolense no Paulista deste ano.

Aidar, que esteve no CT tricolor para apresentar o lateral Michel Bastos (leia mais abaixo), deu entrevista por cerca de 50 minutos. E revelou que vai ter uma conversa com elenco do São Paulo antes do clássico de domingo, contra o Palmeiras, no domingo (17), no Pacaembu.

O rival enfrenta uma crise e está sem vencer há oito jogos no Brasileiro, enquanto o São Paulo está a sete pontos do líder Cruzeiro e a três do grupo que se classifica para a Libertadores de 2015. Apenas por isso o time tricolor entra menos pressionado.

O cartola ficou quase toda a tarde no local, mas assegurou que ainda não tinha conversado com ninguém sobre a eliminação. Chamou a atenção o fato de, com exceção do goleiro reserva Renan Ribeiro, os jogadores não terem treinado no campo.

CAÇA-NÍQUEIS

Com a eliminação precoce na Copa do Brasil, o São Paulo vai disputar a Sul-Americana. A estreia no torneio continental acontece no próximo mês, contra o Criciúma, mas o presidente minimizou o valor das duas competições.

"A Copa do Brasil é mais importante que a Sul-Americana do ponto de vista financeiro e atlético [por considerá-la mais difícil]. Mas as duas são caça-níqueis, que não acrescentam nada ao futebol brasileiro", disse.

Esta deve ser uma das edições mais fortes da Sul-Americana. Entre os participantes, como os argentinos Boca Juniors e River Plate, por exemplo, haverá 23 títulos de Libertadores, mais que na própria competição deste ano (veja ao lado).

Na Copa do Brasil, o campeão leva um prêmio de R$ 6,1 milhões contra R$ 5 mi da Sul-Americana, além de pagar taxa menor sobre a renda dos jogos, 5% contra 10%.


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