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Do outro lado

Símbolo do retorno do Palmeiras à Série A, Alan Kardec revê o ex-clube no primeiro clássico pelo São Paulo; protesto de organizadas alviverdes esquenta a véspera do clássico

O primeiro Palmeiras x São Paulo deste Campeonato Brasileiro já tem um candidato a protagonista antes mesmo de a bola rolar, a partir das 16h deste domingo (17), no Pacaembu: Alan Kardec.

Das 35 contratações feitas por Paulo Nobre desde que assumiu a presidência do Palmeiras, em janeiro de 2013, o atacante de 25 anos foi a que mais trouxe alegrias ao torcedor alviverde.

Com 14 gols, ele foi artilheiro e peça fundamental da volta do clube à Série A, em 2013.

Neste ano, foi autor do gol que sacramentou, até o momento, a única vitória do Palmeiras em clássicos no ano do centenário, por 2 a 0, justamente contra o São Paulo, que hoje ele defende.

A importância dentro de campo só é superada pelo celeuma causada por Alan Kardec fora dele.

A rejeição que hoje compromete as intenções de reeleição de Paulo Nobre no Palmeiras cresceu com a malsucedida negociação para a aquisição do atleta.

Enquanto fazia seu último treino de preparação para o jogo de hoje, na manhã deste sábado (16), Kardec deve ter ouvido os cerca de 300 torcedores organizados alviverdes que protestaram contra a diretoria em frente ao centro de treinamento do Palmeiras, vizinho ao do São Paulo.

O foco principal era Paulo Nobre. O protesto forçou o Palmeiras a cancelar o treino que faria no local na manhã de ontem.

Em abril, Nobre bateu o pé e não deu o aumento pretendido por Kardec, que queria pouco mais que os R$ 160 mil que recebia para deixar o clube português e assinar contrato com o Palmeiras, onde atuava por empréstimo.

CONSEQUÊNCIAS

Contrariado, o atacante não titubeou e aceitou se transferir em maio para o clube rival, onde recebe mais de R$ 350 mil mensais.

"Essa situação não significa que Kardec jogará com espírito de vingança. Ele não tem esse sentimento ruim", disse o técnico Muricy Ramalho, durante a semana, ao falar do reencontro.

A ausência de Kardec fez mal ao Palmeiras no campo.

Desde a saída dele, o time fez 13 jogos no Brasileiro e só venceu três. Por isso, se perder, pode terminar a rodada na zona de rebaixamento.

Fora do campo, além de aumentar as dúvidas sobre a competência de Nobre, o fracasso da negociação provocou racha entre as diretorias.

Até hoje, o Palmeiras acusa o rival de ter sido desleal na negociação. Ao perder o artilheiro, o presidente Paulo Nobre chamou Carlos Miguel Aidar, presidente são-paulino, de "moleque".

Aidar reagiu. Afirmou que o rival teve manifestação "patética" e "juvenil", e que o Palmeiras havia se apequenado como instituição.

Se teve peso negativo para Nobre e o clube alviverde, Kardec fez bem para a reputação do são-paulino Aidar.

O presidente, eleito em abril, pagou 5 milhões de euros (R$ 15 milhões) ao Benfica para contratá-lo até 2019.

Até aqui, após cinco jogos e três gols, o investimento em Kardec valeu a pena.

Mas a situação tricolor também não é tranquila, após a eliminação na Copa do Brasil para o Bragantino, com derrota por 3 a 1, em casa.

Há pressão no clube para que a equipe de Muricy Ramalho tenha mais regularidade, apesar de o time estar, ao contrário do adversário de hoje, disputando as primeiras posições do Brasileiro.


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