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Prancheta do PVC

Infeliz aniversário

A oito dias do centenário, o Palmeiras está na fronteira; se vai se juntar aos gigantes ou se apequenar de vez

Você pode achar absurdo o Palmeiras ser melhor com Valdivia do que sem ele. Mas é impossível lutar contra os fatos. Nos primeiros 15 minutos, o time de Ricardo Gareca intimidou muito mais o São Paulo do que na sequência à substituição do meia chileno. Não foi igual nem quando o Palmeiras foi superior ao rival, depois do gol de empate, pênalti cobrado por Henrique.

É absurdo mesmo melhorar quando Valdivia está em campo!

Só que melhora!

O meia chileno não jogava pelo Palmeiras desde o dia 10 de maio, estreia do técnico-interino Alberto Valentim, que escalou cinco posições diferentes de Gareca, ontem.

Um time não pode mudar tanto entre a saída e o retorno de seu improvável ídolo.

Em três meses, mudou!

Todas as observações sobre a falta de talento do Palmeiras ficam comprometidas pela absoluta falta de continuidade. Não existe um Palmeiras. Há cinco ou seis nos últimos sete meses. E porque não existe sequência, todas essas equipes são ruins, não necessariamente por ausência de bons jogadores.

Ontem, o São Paulo não foi bem. Kaká jogou isolado demais e desapareceu no lado esquerdo. Pato apenas se serviu das chances oferecidas pelos zagueiros palmeirenses e de um passe de Ganso. Em seu pior momento na partida, correndo o risco da derrota, o Tricolor teve o cruzamento de Álvaro Pereira e a cabeçada perfeita de Alan Kardec.

Venceu!

Não há nada melhor do que ganhar do rival com gol do ex-ídolo dele. E não existe nada pior do que perder graças a gol de quem era o melhor do seu time cinco meses atrás.

Neste caso, bem feito!

O caso de Kardec foi uma questão de ambição do São Paulo e da falta dela no Palmeiras.

Time grande não pode perder jogadores importantes para clubes rivais. O Palmeiras perdeu.

A vitória diminui a insegurança são-paulina, mas não a dúvida se pode ou não se juntar a Cruzeiro e Inter, os que disputam o título agora.

Para o Palmeiras é muito pior. A oito dias de seu centenário, o clube está na fronteira, sem definir se vai se juntar aos gigantes em mais alguns anos ou se apequenar de vez. Se formatará uma desejável tríplice aliança com W. Torre e Allianz para montar um bom time ou se será rebaixado e se conformará com a rotina de time-elevador, subindo e descendo ano após ano.

Quando ganhou a Copa do Brasil-2012, o vice Roberto Frizzo cometeu a estupidez de dizer que o clube não ganhava um título sozinho --sem Traffic ou Parmalat-- desde 1976. Esqueceu que era uma inovação associar-se a bons parceiros. O Palmeiras criou um modelo que deveria reproduzir com Allianz e W. Torre.

Hoje faz 36 anos que Jorge Mendonça marcou contra o XV de Piracicaba no título de 1976. Ano sim, ano não, o Palmeiras era campeão --e o Brasileirão ampliava a rotina.

Ninguém vai dizer feliz aniversário.

O MAIS MODERNO

Marcelo Oliveira diz que Ricardo Goulart é como Kaká, mas mais moderno. Incrível como o cruzeirense volta para marcar o volante e depois junta-se ao ataque como um centroavante. Isso justifica que pense em seleção. Mais provável é a convocação de Phillippe Coutinho, do Liverpool, excelente.

O MAIS COMPACTO

O Inter marca em 12 metros e se fecha na defesa como os mais modernos times da Europa. As inversões de posição de Aránguiz e D'Alessandro confundem os rivais e o Inter venceu os últimos cinco jogos sem sofrer gol. Se há um time capaz de ameaçar o Cruzeiro, não é Corinthians nem Flu. É o Inter.


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