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Palmeiras, 100 anos

Academia dos anos 70 jamais perdeu e formou gerações

HISTÓRIA Célebre time de 1972 a 1974, com Ademir da Guia, Luís Pereira, Dudu e Leão, fez 16 jogos juntos

PAULO VINÍCIUS COELHO COLUNISTA DA FOLHA

O esquadrão estava na ponta da língua de todos os palmeirenses no início dos anos 1970. E persiste até hoje, como avaliza Leivinha, um dos craques da época.

"Até corintianos me abordam na rua e dizem que aquele time era demais. Leão, Eurico, Luís Pereira..."

"Não é uma formação. É uma poesia", confirma o historiador do Palmeiras, Fernando Galluppo.

Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei foram as primeiras palavras sobre futebol de uma geração de palmeirenses nascidos nos anos 1960 e crescidos na primeira metade da década de 1970.

Aquele Palmeiras foi campeão paulista em 1972 e 1974, venceu o Brasileirão em 1972 e 1973 com esses jogadores.

Jogaram juntos quatro anos, o que resulta no total de... 16 jogos!

"Não é possível, não é possível!", exclamou Leivinha ao saber do número aparentemente pequeno.

A ideia de que esquadrões do passado disputaram juntos centenas de partidas é uma lenda.

Os 11 do Flamengo de Zico, que foi campeão mundial em 1981, disputaram quatro jogos apenas.

O Santos de Pelé disputou dez jogos com sua formação clássica, bicampeã mundial em 1962 e 1963: Gilmar, Lima, Mauro e Dalvo; Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pele entraram em campo ao mesmo tempo dez vezes apenas.

Venceram nove e perderam apenas uma, contra o Botafogo, em 1963.

Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei jamais foram derrotados --oito vitórias e oito empates nas 16 partidas.

Dos times grandes e suas formações clássicas foi o que jogou mais vezes completo.

"Quando me perguntam se foi melhor a equipe dos anos 70 ou de 1965, a Academia, digo que foi a segunda, porque durou mais tempo e ganhou mais títulos", diz Ademir da Guia.

Dos quatro títulos, os onze estavam em apenas uma decisão, aquela do Paulista invicto de 1972.

Ele era o camisa 10 do esquadrão que deu origem ao apelido de Academia, ganhou o Rio-São Paulo de 1965 e inaugurou o estádio do Mineirão vestido com a camisa da seleção brasileira:

Valdir, Djalma Santos, Djalma Dias, Waldemar Carabina e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Julinho, Servílio, Tupãzinho e Rinaldo disputaram juntos um único jogo: Brasil 3 x 0 Uruguai.

No Rio-São Paulo, o ataque com Gildo, Tupãzinho, Ademar Pantera e Rinaldo disputou quatro jogos e venceu todos eles.

ACADEMIAS

O rigor da história impõe dizer que só houve um time apelidado de Academia, embora hoje os palmeirenses dividam o apelido em três períodos distintos.

A segunda academia é o time que nunca perdeu entre 1972 e 1974 e a terceira é a do bi brasileiro, em 1993 e 1994.

O time mais marcante nos anos 1990 escalava Sérgio, Cláudio, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Mazinho, Zinho e Edílson; Edmundo e Evair.

Atuou quatro vezes, venceu três e empatou somente uma partida.

"Nosso time dos anos 70 ganharia a Copa do Mundo de 2014", diz o ex-goleiro Emerson Leão.

"Se você escolher os melhores jogadores do Palmeiras de todos os tempos, a maior parte virá daquela equipe".

"O Ademir valia por três, o Luís Pereira valia por três, o goleiro valia por dois", completa o número 1 daquela equipe, Emerson Leão.


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