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Tostão

Enquanto conspiram...

Enquanto dirigentes conversam e conspiram, as pessoas precisam começar a mudar nosso futebol

Os dirigentes deveriam criar mecanismos para desestimular as trocas de técnicos durante o Brasileirão, sejam por iniciativa dos clubes ou dos treinadores. A continuidade é fundamental para se formar uma boa equipe.

Algumas vezes, um técnico entra, e o time melhora. Pode ser apenas por algumas partidas. Não há certeza de que a equipe cresceu por causa da troca dos técnicos, a não ser quando são nítidas as mudanças técnicas, táticas e na escalação.

A maioria dos times ganha e perde, sobe e desce na tabela, por causa do equilíbrio e de inúmeros outros motivos, às vezes, desconhecidos. Apenas os comentaristas explicam tudo.

Quando o Cruzeiro foi eliminado na Libertadores, surgiram boatos, para ver se colava, de que haveria a troca de Marcelo Oliveira por Luxemburgo. Muitos torcedores apoiaram, com a ilusão de que as conquistas de 2003 seriam repetidas.

Apesar da queda do futebol brasileiro, dentro e fora de campo, das hediondas atitudes racistas, dos 7 a 1 e da necessidade de se ter instituições com credibilidade para haver mudanças, o que não é o caso da CBF, acredito muito no trabalho e na competência individual, para iniciar as transformações. Um estimula o outro.

O Cruzeiro gastou também mais do que podia. Mas, diferentemente da maioria dos outros clubes, Marcelo Oliveira fez escolhas corretas, com o apoio da diretoria. Formou-se um bom time, um bom elenco, surgiram vitórias, aumentaram o público no estádio, o número de sócios-torcedores e a arrecadação. Criou-se um ciclo positivo.

Enquanto os dirigentes conversam, conspiram, é necessário que cada técnico promova mudanças. Noto, pós-Copa, uma evolução na maneira de jogar das equipes. O Brasil precisa, rapidamente, formar mais jogadores excepcionais. Bons, qualquer país tem.

O problema principal estaria na diminuição das crianças habilidosas, fantasistas, por causa do fim dos campos de pelada, onde os meninos se divertiam com a bola, sem a presença dos professores, com milhões de regrinhas? Estudos mostram que esse período é essencial para se formar atletas criativos.

Ou haveria uma ruptura na adolescência, na passagem da criança para as categorias de base dos clubes? Os meninos habilidosos não aprendem a técnica individual e coletiva e a pensar e a jogar como atletas.

Faltaria também formação humana e psicológica e capacidade de se tornar um ótimo profissional e de conviver com o sucesso e com o fracasso? Penso que sim.

Além disso, as escolinhas, dos clubes ou particulares, são, muitas vezes, dirigidas por pessoas sem nenhum preparo técnico e/ou inescrupulosas, preocupadas apenas em formar para exportar e faturar, uma produção em série, sem cuidados especiais com os diferentes, os de enorme talento.

Existe também vida, muitas coisas boas e belas, fora do futebol, da televisão, da internet, das selfies, como viajar, o que vou fazer, de férias.


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