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Jejum incômodo

Capitães da seleção masculina de vôlei, que estreia amanhã no Mundial, Bruninho e Murilo revelam contrariedade com os quatro anos sem um título de expressão

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

A seleção brasileira masculina de vôlei estreia no Mundial da Polônia contra a Alemanha, às 8h desta segunda (1º), na condição de tricampeã da competição.

Nem mesmo o status de imbatível no torneio, porém, suaviza o incômodo que acomete seus dois capitães.

Outrora dominante no cenário internacional, o Brasil do técnico Bernardinho está há quatro anos sem um título de primeira linha.

O último troféu foi conquistado no Mundial de 2010, na Itália. Desde então, colheu vices na Olimpíada-2012 e nas edições de 2011, 2013 e 2014 da Liga Mundial.

"Queremos sempre chegar à final e ganhar. Por isso, os últimos resultados incomodam", reconheceu o levantador Bruninho, 28, à Folha.

Ele pondera, contudo, que o troféu da Copa dos Campeões, obtido de 2013, serviu como "alívio" --embora sem o peso de um Mundial ou de uma Liga Mundial.

"Considero a Copa dos Campeões um título importante", relativizou Bruninho.

O Brasil é líder do ranking mundial da federação internacional, cuja última atualização foi em julho passado.

Nos dez primeiros anos da era Bernardinho --entre 2001 e 2010--, a seleção somou 24 ouros internacionais em Jogos Olímpicos, Mundiais, Ligas Mundiais, entre outros.

Nas quatro temporadas desde então, esteve só três vezes em topos de pódio, sendo duas em Sul-Americanos.

Neste período, todos os principais adversários neste Mundial, como Rússia, Estados Unidos e Polônia, amealharam taças internacionais.

O declínio no masculino contrasta com a ascensão do grupo feminino comandado por José Roberto Guimarães, que ganhou ouro nas duas últimas Olimpíadas e, no último domingo (24), chegou ao décimo título no Grand Prix.

"[O jejum] incomoda", afirmou o ponta Murilo, 33, que minimizou em seguida. "Ninguém gosta de perder, mas a equipe tem se mantido entre os três melhores do mundo nos últimos 13, 14 anos."

Um dos motivos apontados tem a ver com a renovação dos jogadores. No Mundial de 2010, atletas como Giba, Dante e Rodrigão, ícones da fase dourada da equipe, integravam o elenco. Todos já se aposentaram do time nacional.

O ponteiro Lucarelli, 22, e o oposto Wallace, 27, apesar de já serem titulares, estrearão em um Mundial agora.

Ainda assim, a atual média de idade não é tão baixa: 28,6 anos. Em 2010, era de 29, e, em 2002, de 26,5 anos.

"Difícil falar se [os jogadores da nova safra] estão maduros ou não, mas já passaram por situações complicadas", completou Bruninho, que é filho de Bernardinho.

A seleção tentará um inédito quarto título mundial consecutivo. O time-base deve ser formado por Bruninho, Murilo, Lucarelli, Wallace, Sidão, Lucas e o líbero Mário Jr.


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