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Aranha relata preconceito fora de campo

RACISMO Goleiro diz ter dó de torcedora gremista, que será intimada a depor nesta segunda

DE SÃO PAULO

Alvo de ofensas racistas na partida contra o Grêmio, quinta, pela Copa do Brasil, o goleiro Aranha afirmou neste domingo (31) que já sofreu discriminação racial outras vezes dentro de campo e também longe dos gramados.

Segundo o arqueiro, seu sucesso profissional minimiza os efeitos do preconceito que recebe constantemente, mas não o apaga totalmente.

"Sei que às vezes não sou aceito, sou tolerado porque sou goleiro do Santos, tenho carro bom, compro bastante. Já morei em prédio em que não me davam bom dia", disse, em entrevista exibida pelo Fantástico, da Rede Globo.

Aranha também disse ter dó da torcedora gremista Patrícia Moreira, cuja imagem gritando "macaco" em sua direção foi captada pela ESPN Brasil, e cobrou que ela seja proibida de frequentar estádios pelo comportamento.

"Eu tenho dó dela como ser humano e pelas consequências. Essa mocinha não deve nunca mais pisar nos estádios porque aí outras pessoas vão saber que se fizerem isso serão punidas", declarou.

A gremista será intimada nesta segunda-feira a depor sobre o caso, de acordo com o agente da Polícia Civil Lindomar Souza.

Segundo Souza, a administração da Arena do Grêmio encaminhou à polícia novas imagens do que ocorreu nas arquibancadas --outros torcedores imitaram macacos, também em direção ao goleiro titular do Santos.

Neste domingo, integrantes de torcida organizada do Grêmio cantaram músicas com a palavra "macaco" durante a partida contra o Bahia e acabaram sendo vaiados e xingados pelo restante do estádio.

Já no confronto entre Botafogo e Santos, no Rio, jogadores das duas equipes entraram no campo com uma faixa contra a discriminação.


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