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Pistorius é condenado por homicídio culposo
JUSTIÇA Após ser absolvido de premeditação em assassinato, atleta biamputado espera pena para voltar a correr
O astro paraolímpico Oscar Pistorius, 27, foi condenado nesta sexta-feira (12) por homicídio culposo (sem intenção de matar) pela morte de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, em fevereiro do ano passado.
Na quinta-feira (11), ele havia sido inocentado das acusações de homicídio doloso e premeditação, que lhe confeririam punições mais graves, como prisão perpétua.
O veredito foi lido nesta sexta pela juíza Thokozile Masipa, 66, em um tribunal em Pretória. A expectativa é de que a magistrada anuncie a pena do atleta no dia 13 de outubro. Até lá, Pistorius pode aguardar em liberdade sob pagamento de fiança.
A pena pode variar de leve, como prestação de serviços comunitários ou fiança, a outra mais rígida como até 15 anos de detenção.
A juíza afirmou que Pistorius agiu com "negligência" ao disparar quatro tiros através da porta de um dos banheiros de sua residência onde estava Reeva, que era modelo e atriz, na noite do dia 14 de fevereiro de 2013.
O atleta biamputado e seus advogados basearam a defesa na hipótese de que ele efetuou os disparos com sua arma 9 milímetros por pensar que se tratava de um invasor.
"Uma pessoa razoável teria previsto a possibilidade de que quem estivesse atrás da porta poderia morrer devido aos tiros, e teria tomado medidas para evitar as consequências", disse Masipa.
O julgamento que ela conduz teve início em março.
O Comitê Paraolímpico Internacional vai permitir que Pistorius compita normalmente desde que não seja impedido de deixar seu país por sentença judicial e obtenha índices para campeonatos.
O aval da entidade dá margem para que ele dispute os Jogos do Rio, em 2016. O sul--africano tem oito medalhas paraolímpicas na carreira.
Ele ganhou ainda mais destaque internacional por ter participado dos Jogos Olímpicos de Londres, contra atletas sem deficiência.
"O julgamento não teve impacto negativo no movimento paraolímpico. Oscar foi um embaixador fundamental para o movimento no período entre 2008 e 2012", disse Xavier Gonzalez, executivo do comitê paraolímpico.
