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Fifa nega orientação sobre 'mão na bola', e CBF reage

FUTEBOL
Suíço diz que juízes devem levar em conta uma clara intenção do atleta

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

O conceito de "mão na bola" adotado pela CBF no Campeonato Brasileiro foi criticado nesta quarta (24) pelo chefe de arbitragem da Fifa, o suíço Massimo Busacca.

Segundo ele, os árbitros e os auxiliares precisam avaliar se o gesto do jogador foi ou não intencional ao interromper a jogada com a mão.

O tema deu origem a polêmica no Brasil porque, de acordo com a CBF, a própria Fifa orientou que o toque do jogador com a mão (ou o braço) que altere a trajetória da bola seja considerado falta, mesmo que, em determinado lance, ocorra sem a intenção explícita do atleta tocá-la.

Na visão da CBF, um ato com "naturalidade" que bloqueie a passagem da bola deve resultar em infração.

Em entrevista à Folha após a declaração de Busacca, o chefe da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, reiterou a orientação recebida pela Fifa. Segundo ele, foi o uruguaio Jorge Larrionda, instrutor da Fifa, quem falou aos árbitros brasileiros sobre "novo conceito" a respeito do toque com a mão na bola.

"A CBF não está dizendo que toda bola na mão é falta. Ainda existe a bola na mão'. O que dissemos é que a Fifa orientou um conceito novo, mais amplo na marcação da mão na bola, em que o jogador está com os braços abertos, toca a bola, mesmo que a ato seja natural. Foi orientação de instrutor da Fifa", disse Corrêa.

Chefe de arbitragem da Fifa desde 2011, o ex-árbitro Busacca negou qualquer recomendação nesse sentido.

"O árbitro precisa avaliar quando um jogador faz o gesto (de mão na bola) para ampliar o corpo no movimento", afirmou o dirigente, em Zurique, na Suíça.

De acordo com ele, o árbitro não deve marcar infração quando a bola atinge a mão colada ao corpo do atleta. O dirigente afirmou que adotar como padrão a falta para este tipo de lance é um "desrespeito" com os jogadores.

"Há um movimento natural de pular e correr, e isso não é falta. A mão faz parte do corpo, não tem como jogar sem ela", ressaltou.

Busacca deu como exemplo o momento em que um jogador dá um carrinho para interromper um cruzamento na área: "Se ele levanta a mão e toca na bola, no caso, é falta". Neste caso a CBF também avalia que a penalidade precisa ser marcada.

Essa discussão ganhou fôlego no domingo (21), quando o árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcou pênalti após o são-paulino Antonio Carlos, em jogo contra o Corinthians, no Itaquerão, tocar com a mão na bola dentro da área.

São-paulinos disseram que o zagueiro não teve intenção de tocar a mão na bola porque o lance foi rápido, e ele não teve tempo de reagir para tirar a mão da trajetória da bola.


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