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CBF diz que Fifa usou vídeos do Brasileiro como exemplo

FUTEBOL
Segundo confederação, instrutor disse que bola na mão é 'azar'

MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

"Mala suerte" ou, traduzindo, azar em espanhol.

Com essas duas palavras, segundo a CBF, o instrutor e membro da Comissão de Arbitragem da Fifa, o uruguaio Jorge Larrionda, explicou a sete dezenas de árbitros e auxiliares brasileiros porque pode-se marcar infração se o jogador não tem a nítida intenção de colocar a mão na bola, mas desvia a trajetória se o braço estiver esticado.

"Na opinião do Larrionda, o jogador obtém o benefício estando com o braço aberto, que é a mala suerte'. Ele tem um ganho na jogada. A Fifa mudou o conceito, e isso foi nos apresentado com vídeo. Estamos apenas seguindo orientação de um representante da Fifa", disse o instrutor da CBF Manoel Serapião Filho, que esteve nas duas reuniões que Larrionda fez.

Larrionda, 46, ex-árbitro uruguaio que participou da Copas do Mundo de 2010, comandou o curso aos brasileiros entre os dias 25 de agosto e 2 de setembro, no centro de treinamento da CBF em Teresópolis, a 90 km do Rio.

A Folha não conseguiu contato com Larrionda nesta quarta (dia 24).

As palestras foram feitas em parceria entre Fifa e CBF para o desenvolvimento da arbitragem no país --acontecem até duas vezes ao ano.

Segundo o chefe da comissão de arbitragem da confederação brasileira, Sérgio Corrêa da Silva, foram mostrados vídeos com exemplos de como o árbitro deve interpretar a bola na mão.

"Ele [Larrionda] usou vídeos do Brasileiro, jogo entre Vitória e Flamengo [31 de agosto]. E disse que o árbitro acertou ao marcar as duas penalidades no jogo", disse Corrêa. Neste jogo, Anderson Daronco anotou um pênalti para cada lado, os dois por toque de mão na bola. Nos dois lances, não é clara a intenção do atleta em tocar a bola.

Segundo Serapião, a CBF tem guardado os vídeos usados por Larrionda.

A explicação para ampliar o conceito de "bola na mão" aconteceu porque era feita diferença entre atacantes e defensores. "Sempre que o atacante tocava, era marcado a falta; quando ele, por exemplo, fazia o gol com o braço, mesmo sem intenção. No caso do defensor, parava-se para avaliar se houve ou não intenção", disse Serapião.

A Fifa, então, teria resolvido uniformizar o conceito, avaliando que, ao abrir o braço, o jogador evita a continuidade de uma jogada caso ela bata nele, mesmo não tendo a intenção de tocá-la.

Para Manoel Serapião Filho, por exemplo, Luiz Flávio de Oliveira acertou ao dar o pênalti do toque de mão de Antonio Carlos no jogo entre Corinthians e São Paulo, domingo (21).

"Se fosse um atacante tocando a mão na bola daquele jeito, e a bola entrasse, você marcaria a falta? Imagino que sim", completou Serapião.


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