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Decisão marca trégua entre Blatter e Platini

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

A decisão da Fifa de banir fundos de investimentos das transações de atletas indica uma trégua entre o presidente Joseph Blatter e Michel Platini, presidente da Uefa, que dirige o futebol europeu.

Ao aceitar barrar a atuação desses investidores no mercado da bola, Blatter atende reivindicação de Platini e dos dirigentes ingleses, justamente os que vinham cobrando sua saída do comando da Fifa em 2015, ano de eleições.

O gesto do suíço não parece ter sido à toa. No pronunciamento em que anunciou a medida, comunicou que será candidato a um quinto mandato à frente da entidade que dirige desde 1998.

Fez dois movimentos políticos ao mesmo tempo: abraçou uma causa da Uefa, espécie de oposição na Fifa, e se lançou a mais uma reeleição.

O presidente da Fifa busca o diálogo porque a Uefa cogita ao menos marcar posição com um nome para sua sucessão, mesmo após Platini ter desistido de concorrer.

Mesmo sem chances, um candidato apoiado por potências europeias é um palanque contra a atual gestão.

O ex-jogador era apontado como o único com chance de derrotar o atual presidente em 2015 --o outro candidato declarado, o francês Jérôme Champagne, ex-secretário da Fifa, entrou como terceira via sem respaldo político.

Em conversa com a Folha, na quinta (25), em Zurique, Platini confirmou que não fará campanha para Blatter e admitiu a possibilidade de a Uefa ter candidato próprio. "Não apoiarei Blatter", disse.

Para neutralizar essa oposição, o presidente da Fifa contrariou cartolas sul-americanos que sempre o apoiaram, entre eles os da CBF, e que são contra a saída dos investidores porque precisam deles para manter jogadores de alto nível em seus países. O dirigente anunciou, no máximo, período de transição para implantar as medidas.

Mesmo assim, a relação com a CBF continua inabalável. À Folha, seu presidente eleito, Marco Polo Del Nero, disse: "Votamos no Blatter".


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