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Aprendiz

Ex-assistente de Zé Roberto, brasileiro comanda a invicta República Dominicana, surpresa do Mundial

MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO

Apenas quatro das 16 seleções iniciam invictas, nesta quarta (1º), a segunda fase do Mundial feminino de vôlei: Brasil, EUA, China e uma equipe caribenha. Cuba? Não, República Dominicana.

No comando do time está o brasileiro Marcos Kwiek, 47.

Aprendiz do técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães, 60, com quem trabalhou em clubes (desde 1993) e na seleção brasileira (de 2003 a 2007), Kwiek transformou as dominicanas em uma nova potência centro-americana desde que chegou à ilha, em 2008.

"Eu devo muito ao Zé. Ele é minha referência no vôlei, a pessoa com quem eu mais trabalhei em alto nível. É um espelho de conduta e dedicação", afirma Kwiek à Folha.

O treinador da seleção dominicana conta com outros brasileiros na comissão técnica para superar a melhor campanha da história do país em um Mundial: 11º em 1998. Já estão entre as 16 melhores, com chances reais de ficarem entre as seis. Nesta quarta, às 12h, enfrentam a Bélgica.

"Sempre que posso, converso com o Zé, é um grande amigo. Aprendi muita coisa com ele e sigo aprendendo, mas hoje eu tenho o meu caminho", completa Kwiek.

Nas mãos do brasileiro neste Mundial, foram cinco vitórias em cinco jogos, fechando com um 3 a 2 sobre a Itália, em Roma, contra 10 mil torcedores no ginásio.

"Foi fantástico", afirma. "Estamos muito contentes com tudo que fizemos até agora. Mas não estamos satisfeitos, queremos mais, somos um time trabalhador e nossa luta é diária", analisa.

Kwiek vive na República Dominicana, onde não existe campeonato local e a seleção é permanente. "As diferenças [com o Brasil] vão desde estrutura, cultura esportiva, material humano, até o lado financeiro, investimento, entre mil coisas mais".

Apesar das dificuldades, as dominicanas chegaram às quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londre-2012.

"As jogadoras são bem alegres, adoram dançar, ouvem música o dia todo. Mas são muito sérias trabalhando, não reclamam nunca, trabalham até debaixo de chuva".

Semelhanças com as cubanas, arquirrivais das brasileiras desde os anos 1990? Para Kwiek, não. Exceto em algumas características físicas, como a força das atletas.

Em decadência, Cuba não venceu nem um jogo sequer no Mundial e foi eliminada. O que motiva Kwiek a cravar: "Somos diferentes. Somos a República Dominicana".


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