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Polícia indicia 4 gremistas por injúria racial a Aranha

FUTEBOL
Investigação ainda tenta identificar quatro torcedores que teriam ofendido goleiro

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

A torcedora do Grêmio Patrícia Moreira da Silva e mais três integrantes de uma organizada do clube foram indiciados nesta terça (30) sob suspeita de proferir injúrias raciais contra o goleiro Aranha, do Santos, durante jogo da Copa do Brasil, em Porto Alegre, no dia 28 de agosto.

Além de Patrícia, foram indiciados Rodrigo Machado Rychter, Éder de Quadros Braga e Fernando Moreira Ascal, membros da uniformizada Geral do Grêmio, segundo o delegado Cléber Ferreira.

Fernando será indiciado também sob suspeita de furtar um boné de um funcionário do clube durante a partida, na Arena Grêmio.

A pena para o crime de injúria racial é de um a três anos de prisão. O inquérito foi enviado à Justiça e poderá basear denúncia da Promotoria. Um complemento ao inquérito será encaminhado à Justiça caso outros suspeitos sejam identificados.

De acordo com o delegado, as imagens analisadas mostram oito torcedores ofendendo o goleiro. Apenas quatro, porém, foram identificados.

"Isso não quer dizer que o caso esteja encerrado. Os trabalhos de investigação continuam", disse Ferreira.

IDENTIFICAÇÃO

Os peritos analisaram três horas de vídeos e 53 fotos durante duas semanas. Segundo o delegado, as imagens mostram Éder de Quadros Braga gritando "macaco" e imitando sons do animal.

Um trecho do laudo policial diz ainda que "Rodrigo Machado Rychter utiliza de linguagem corporal como forma de expressão significativa do uso pejorativo do símbolo macaco".

Sobre Fernando Moreira Ascal, o documento afirma que ele "articula de maneira clara a sequência de fonemas indicativos da expressão preto' e subtrai o boné do funcionário do clube".

Patrícia Moreira foi identificada nas imagens chamando o goleiro de macaco.

Seu advogado, Alexandre Rossato, disse que o resultado do inquérito já era esperado e que aguardará denúncia do Ministério Público para definir a defesa da torcedora. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos outros indiciados.

Um dia depois do jogo, Patrícia Moreira foi afastada do trabalho. Auxiliar de saúde bucal, ela trabalhava no Centro Odontológico da Brigada Militar da PM gaúcha.

Em depoimento, a torcedora negou intenção de ofender o jogador do Santos.

No último dia 12, a casa em que a gremista morava antes do episódio, em Porto Alegre, foi parcialmente incendiada. Um suspeito foi detido.

Em julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil por causa dos atos dos torcedores. O time tinha perdido por 2 a 0 para o Santos no primeiro jogo das oitavas de final.


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