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Houve prisões em só três dos 14 casos registrados no ano
DE SÃO PAULOO futebol brasileiro já registrou, nos primeiros nove meses deste ano, 14 casos de racismo. As situações envolvem os personagens mais variados: jogadores, árbitros, torcedores e até mesmo jornalistas.
Além dos casos de maior repercussão, como o do goleiro Aranha, diversos Estaduais registraram ofensas de cunho racial.
A quantidade de punições, porém, não acompanha a crescente do casos. Apenas três dos 14 episódios redundaram em prisões até agora.
Na vitória do Pelotas por 2 a 1 sobre o São Paulo, pelo Campeonato Gaúcho, em 22 de fevereiro, o goleiro Lúcio, do visitante, acusou torcedor de chamá-lo de "preto vagabundo" e "macaco". Detido, o espectador está proibido de ir a estádios por 720 dias.
Em 9 de março, o Marmoré bateu o Uberlândia por 6 a 1, pela segunda divisão do Mineiro. O jogo, porém, ficou marcado pelas ofensas de um torcedor ao lateral Assis, do Uberlândia, que fez denúncia. O agressor acabou preso.
O outro caso foi mais insólito. No duelo entre Maringá e Londrina (1 a 1), no dia 13 de abril, pelo Paranaense, Maicon Silva, do time visitante, acusou o radialista Lourival Santos de xingá-lo de "macaco".
Santos acabou preso e perdeu seu emprego em uma afiliada do SBT.