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Tropeço

Diante de uma equipe americana inspirada, seleção feminina de vôlei erra muito e cai na semifinal do Mundial; conquista inédita é adiada

MARCEL MERGUIZO ENVIADO ESPECIAL A MILÃO

José Roberto Guimarães escolheu as 12 melhores atletas que podia, colocou-as em quadra, ao seu redor, na busca da última glória que faltava tanto em sua galeria quanto na da seleção feminina de vôlei. Foi traído. Não por uma delas, mas por percalços que fizeram deste sábado (11) o pior dos 19 dias de Mundial das brasileiras na Itália.

Invictas após 11 partidas, elas perderam para as americanas no primeiro jogo eliminatório da competição, a semifinal: 3 sets a 0 (parciais de 25/18, 29/27 e 25/20).

O treinador reza todos os dias, faz promessas e também é supersticioso. Os problemas em Milão, no entanto, foram terrenos. A arbitragem atrapalhou, o Brasil falhou na defesa e no bloqueio, e os EUA jogaram muito bem pelas pontas, de onde não se esperava tanto das rivais.

Até mesmo os erros dos juízes ficaram em segundo plano após uma vitória tão contundente das americanas.

"A gente sabe que a arbitragem vai cometer alguns erros, e infelizmente a gente entrou no nervosismo", disse a capitã Fabiana. "Incomoda erro de arbitragem, ainda mais escandaloso? Incomoda, mas não foi isso que definiu o resultado do jogo", analisou a oposta Sheilla.

Em uma das marcações erradas contras as brasileiras, no segundo set, Zé Roberto chegou a entrar em quadra. Recebeu o cartão amarelo. No lance, o árbitro eslovaco Dusan Hodon viu quatro toques que não aconteceram.

Na véspera, o treinador agradecia aos céus o fato de não ter nenhuma jogadora contundida neste ano --fato que, segundo ele, prejudicou o Brasil nos Mundiais de 2006 e 2010, quando foi vice.

A bênção, porém, estava do outro lado ontem.

"As três jogadoras das pontas jogaram muito bem. O que não é muito normal. A diferença foi um pouco aí", explicou Zé Roberto. Os ataques pelas pontas vieram com Larson (15 pontos), Hill e Murphy (ambas com 13). Fê Garay, a melhor brasileira, fez 14.

Os EUA mereceram, repetiram técnico e jogadoras. Mas não era o que se esperava após três longas fases. Em Milão, onde está "A Última Ceia", obra célebre de Leonardo da Vinci, acreditava-se que o Brasil, enfim, ganharia o Mundial feminino.

"A gente sonhava em estar nessa final. Não era sonho só meu, era de todas. É amargura, tristeza, raiva, é tudo. Essa amargura, que está dentro, precisamos reverter para amanhã", afirmou Sheilla.

Neste domingo (12), as brasileiras enfrentam as anfitriãs italianas na disputa pela medalha de bronze.


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