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Análise
Após susto, seleção dos EUA começou jogo mais concentrada
CIDA SANTOS ESPECIAL PARA A FOLHAFoi uma pena. Na partida mais importante, que valia uma vaga na final do Mundial, o Brasil fez sua pior apresentação.
Nada funcionou. A defesa e o bloqueio não conseguiram parar a principal jogada dos Estados Unidos, a chutada na ponta, aquela bola rápida, sem parábola, que vai beirando a fita da rede. As ponteiras Larson e Hill usaram e abusaram dessa bola.
O ataque do Brasil, tão efetivo e determinante na campanha invicta até a semifinal, também não foi bem.
Com problemas na recepção, a levantadora Dani Lins jogou pouco pelo meio da rede com as centrais. Thaisa só fez seis pontos de ataque, e Fabiana, três. O jogo ficou mais lento e marcado.
OK, o Brasil não foi bem, mas não dá para deixar de reconhecer a qualidade da seleção dos Estados Unidos, comandada por Karch Kiraly, o Pelé do vôlei, o melhor jogador da história desse esporte. Nas fases de classificação do Mundial, foi a seleção que jogou mais bonito. A levantadora Alisha Glass atua com muita velocidade e distribui bem as bolas.
Por tudo isso, um dos fatores determinantes para a atuação perfeita das americanas contra o Brasil foi a derrota delas, por 3 sets a 0, para a Itália na última quarta-feira (8). Foi um choque esse placar para um time que estava jogando tão bem e que passou a viver um drama.
Na sexta-feira (10), as americanas tiveram que assistir ao jogo Itália x Rússia torcendo para as italianas ganharem dois sets se não seriam eliminadas. Deu certo a torcida e a equipe chegou à semifinal disposta a não passar mais sustos.
O Brasil, que teve um jogo tranquilo contra a República Dominicana no encerramento da terceira fase, entrou em quadra menos concentrado.
O time que tem um currículo admirável, com dois títulos olímpicos seguidos, vai ter que amargar a frustração de mais uma vez não conquistar o único troféu que lhe falta entre os grandes torneios, o de campeão mundial.
Agora é se concentrar para ganhar hoje a medalha de bronze, contra a Itália.