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Empresa cobra R$ 8,8 mi não pagos no Itaquerão
COPA-14
Fast, que instalou arquibancadas provisórias, reclama de calote
O Itaquerão é alvo de nova polêmica: a Fast Engenharia, fornecedora das arquibancadas temporárias do estádio para a Copa do Mundo, diz não ter recebido R$ 8,8 milhões pela execução da obra.
A empresa está cobrando a quantia da Ambev, responsável por sua contratação, e ameaça entrar na Justiça para receber o dinheiro.
O governo de São Paulo, que havia assumido a responsabilidade por bancar as arquibancadas temporárias do estádio do Corinthians e depois a repassou para a Ambev, também já foi notificado.
A Fast diz que gastou R$ 8,8 milhões com serviços adicionais para a obra ser entregue no prazo. O valor, como não está no contrato inicial, não vem sendo pago.
"A Fast executou diversos serviços adicionais e extraordinários por solicitação da Ambev, mas até agora apenas uma parte foi ressarcida", afirma Antonio Domingos Fasolari, presidente da Fast.
O contrato inicial com a Ambev foi firmado em agosto de 2013, no valor de R$ 38,1 milhões. Este acordo vem sendo cumprido, segundo a Fast e a Ambev.
O questionamento em questão é em relação a custos adicionais que teriam sido acordados e encareceram a obra. Entre as causas desses gastos extra está incluído o acidente na montagem das arquibancadas em março.
Na ocasião, o operário Fabio Hamilton da Cruz, que trabalhava na montagem das arquibancadas, caiu de uma altura de 8 metros e morreu. Em consequência do acidente, as obras das temporárias ficou 13 dias paralisada.
O prazo exíguo para instalar os assentos provisórios a tempo da abertura da Copa do Mundo motivou, segundo a Fast, mais gastos extras.
"Caso permaneçam as divergências, a solução deverá ocorrer por meio de demanda judicial ou procedimento arbitral", afirma Fasolari.
Procurada pela Folha, a Ambev alegou, por meio de assessoria de imprensa, "que não há dividas pendentes com a Fast.