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Prancheta do PVC

O drible está em falta

O Botafogo não queria jogar e obrigou o Corinthians, que se complica quando precisa criar, a fazer isso

PAULO VINÍCIUS COELHO

O técnico do Bahia, Gilson Kleina, saiu impressionado do confronto contra o Santos, na quinta-feira. Além do time compacto, elogiou a qualidade comum a Lucas Lima e Geuvânio: o drible. É o que muitas vezes falta ao Corinthians.

O time mais Robin Hood do Brasileirão --tira pontos dos líderes, perde para os rabeiras-- joga bem quando atrai o adversário e se complica quando precisa criar.

Foi assim contra o Botafogo. O lanterna do campeonato não queria jogar e obrigou o Corinthians a fazer isso. Numa estocada, conseguiu um pênalti e o gol da vitória.

Será diferente na quarta-feira, pela Copa do Brasil contra o Atlético-MG. A vantagem de 2 x 0 conquistada em Itaquera, duas semanas atrás, fará o Corinthians esperar, como fez contra o Cruzeiro. É mais fácil fechar do que abrir um cadeado. O Galo terá de abri-lo.

Ontem, venceu, mas se complicou com o estilo de jogo do São Paulo. Desfalcado de seis titulares, Muricy chamou o Atlético e contra-atacou.

Sem Tardelli, o Atlético terá chance ainda menor de furar a defesa corintiana. Seus melhores jogos foram ganhos no contra-ataque, impossível na próxima partida.

Mano Menezes argumenta que a falta de conjunto, a esta altura do ano, deve-se à reformulação do time maior do que imaginava. Seis titulares hoje não jogavam há um ano. Como ninguém tem conjunto, ninguém alcança o Cruzeiro, que perdeu duas seguidas.

O único time brasileiro capaz de impor seu estilo, jogar com posse de bola e vencer defesas fechadas ainda é o Cruzeiro. E também se complica quando não tem seus dois principais jogadores, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, como aconteceu contra o Flamengo.

O Corinthians criado em 2014 não é um grande conjunto nem tem o drible. Quando dá, atrai e joga no espaço vazio. Fará isso no Mineirão contra o Atlético.

A BRAÇADEIRA

O melhor jogador em campo na vitória do Palmeiras sobre o Grêmio, no sábado à noite, foi o lateral João Pedro, de 17 anos. Mas impressiona como Valdivia tem sido produtivo e comprometido com sua equipe. Chama o jogo em seu pé, lidera a reação do Palmeiras, foi o melhor da partida contra o Botafogo, na quarta passada...

Duas coisas podem estar contribuindo. Quando Dorival Júnior entregou a ele a tarja de capitão, disse que não queria ter apenas um ótimo jogador no aspecto técnico. Queria Valdivia integrado com a responsabilidade de quem veste a braçadeira.

Antes dos dois últimos jogos, contra Botafogo e Grêmio, Valdivia reuniu-se com o "coaching" Lulinha Tavares por mais de uma hora. E há seu preparador físico particular.

É cedo para saber se Valdivia poderá ser o melhor jogador do segundo turno ou se seguirá com a motivação atual em todos os jogos. O desempenho com Valdivia é igual ao dos times da zona da Libertadores.

À ESPERA
O Brasil de Dunga fez quatro gols e não sofreu nenhum. Três desses gols marcados nasceram de bola parada. Na primeira passagem do técnico pela seleção, o contra-ataque era o ponto forte. Desta vez, a estratégia é a mesma, mas as saídas em contragolpe não surtem o mesmo efeito --ainda.

ERRO DE MARCELO
Marlone não jogou bem pelo Cruzeiro contra o Corinthians e, por isso, Marcelo Oliveira preferiu adiantar o bom volante Lucas Silva. Perdeu o melhor homem na saída de jogo e não ganhou um bom armador. Essa foi uma das razões de o Flamengo ter atropelado o líder do campeonato no Maracanã.


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