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Brasileiro vê menos gols e declínio dos 9

SÉRIE A

Com centroavantes em baixa, atual edição tem a menor média de gols da história dos pontos corridos

Rudy Trindade - 25.out.2012/Frame/Folhapress
O atacante Fred, artilheiro do Brasileiro com 16 gols, durante partida em que o Fluminense venceu o Coritiba por 2 a 1
O atacante Fred, artilheiro do Brasileiro com 16 gols, durante partida em que o Fluminense venceu o Coritiba por 2 a 1
LUCAS REIS MARTÍN FERNANDEZ DE SÃO PAULO

O Campeonato Brasileiro de 2012 tem a pior média de gols da era dos pontos corridos, iniciada em 2003.

Até a 33ª rodada, foram anotados 811 gols, média de 2,46 por partida -inferior às últimas nove edições.

A rodada passada, por exemplo, computou apenas 17 tentos em dez partidas.

A escassez de gols ocorre simultaneamente a um declínio dos camisas 9 no país, algo que se reflete claramente na seleção brasileira.

Fred, artilheiro do Nacional, com 16 gols pelo Fluminense, não teve chances no time da CBF em 2012.

O são-paulino Luis Fabiano (15) chegou a ser chamado para o Superclássico das Américas, contra a Argentina, mas teve desempenho discreto. Depois, sofreu com lesões e não conseguiu atuar seguidamente pelo clube.

Os outros candidatos ao prêmio de goleador da competição não parecem ter o perfil de quem será convocado em breve pelo técnico Mano Menezes: Bruno Mineiro (Portuguesa), Aloísio (Figueirense) e Kieza (Náutico).

Como reflexo da carência, a seleção brasileira tem jogado sem um centroavante fixo. Foi assim nos últimos três amistosos -goleadas ante China, Iraque e Japão.

O único camisa 9 chamado pelo treinador da seleção para o amistoso contra a Colômbia, no dia 14, em Nova Jersey, foi Leandro Damião, do Internacional.

Dono de escassos sete gols neste Brasileiro, Damião será reserva de um ataque formado provavelmente por Oscar, Kaká, Neymar e Hulk.

Corinthians e Palmeiras foram buscar em outros países a solução para o problema.

O alvinegro contratou o peruano Guerrero, o alviverde depende hoje muito dos gols do argentino Barcos.

PROVA DOS 9

O prêmio de artilheiro do Campeonato Brasileiro significa pouco para a carreira de quem o conquistou, ao menos nos últimos anos.

Os goleadores das edições mais recentes do Nacional -desde 2006, quando passou a ser disputado por 20 clubes- não decolaram depois.

Quem se saiu melhor foi Jonas, autor de 23 gols pelo Grêmio, em 2010, hoje titular do Valencia (oito gols na temporada) e lembrado vez ou outra por Mano -não foi convocado para o amistoso contra a Colômbia nos EUA.

Souza anotou 17 gols pelo Goiás em 2006. Depois defendeu Flamengo, Corinthians e Bahia, sem repetir o desempenho daquele ano.

Josiel, artilheiro do Brasileiro há cinco anos, chegou a passar pelo Flamengo. Hoje está no Cuiabá, que disputou a Série C do Nacional.

A safra de 2008 teve o novato Keirrison (que depois só acumulou decepções) e os veteranos Washington e Kléber Pereira, aposentados.

A artilharia de 2009 foi dividida entre Diego Tardelli e Adriano. O primeiro está encostado no Anzhi, da Rússia. O segundo tenta, no Flamengo, voltar a ser um atleta.

Borges, 23 gols no Santos em 2011, estava na reserva no Cruzeiro antes de se machucar. Não joga mais no ano.


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