Folha de S.Paulo

Contra o lanterna, Corinthians ensaia sua defesa para Mundial

LUCAS REIS DE SÃO PAULO

Se no ataque há dúvidas, a defesa é uma certeza. Pela nona vez neste Brasileiro, o Corinthians entrará em campo com o sistema defensivo considerado ideal por Tite para o Mundial de Clubes.

Em Taguatinga, a equipe enfrenta o Atlético-GO, lanterna da competição, em contagem regressiva de cinco partidas até a estreia no Japão, em 12 de dezembro. Segundo o técnico, é com base na reta final do Brasileiro que o time titular será concebido.

Tite já deixou claro que os jogadores que formam o sistema defensivo estão definido: Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André, Fábio Santos, Ralf e Paulinho, este a única dúvida para hoje, por causa de uma amigdalite.

Os sete terão a tarefa de repetir desempenho quase irretocável da Libertadores - torneio no qual o time sofreu quatro gols em 14 jogos- contra forças como o Chelsea.

Em relação à equipe campeã continental, houve apenas uma alteração: Leandro Castán deixou o clube, rumo ao futebol italiano, e foi substituído por Paulo André.

A mudança, porém, manteve a zaga corintiana firme. Nos outros oito jogos em que essa formação defensiva esteve em campo, o Corinthians sofreu apenas sete gols, média de 0,87 por partida.

No geral, a média de gols sofridos do time neste Campeonato Brasileiro é de pouco mais de um gol por jogo.

Será apenas a segunda vez que Tite poderá repetir essa formação defensiva no Nacional, o que não ocorre desde as rodadas 15 e 16. No último jogo, a formação passou ilesa na vitória sobre o Vasco.

Nas últimas semanas, o técnico tem batido na tecla da bola parada e atribuiu os erros à falta de sincronia.

"Por mais que eu treinasse, a sincronia dos movimentos se perde. Por mais treinamento que há, o Ralf está acostumado com o Paulinho, que está acostumado com o Chicão... e aí tu mexe e não tem a mesma dinâmica, rotina, o número de repetições", declarou o técnico, que teve vários desfalques no sistema defensivo por causa de lesões, suspensões, convocações para a seleção e folgas.

A mesma sorte não se repete no ataque. Tite também já contou que o sistema ofensivo terá duas formações, com ou sem pivô, opções até dentro de um mesmo jogo.

Mas os titulares para o Mundial, diz, só serão conhecidos após os cinco jogos do Brasileiro. Hoje, dois deles não poderão jogar. Emerson, ainda machucado, está de fora, assim como Guerrero, suspenso -o peruano é a chave dessa variação tática, já que é treinado para ser o pivô.

Jorge Henrique, que passou o segundo semestre lutando contra lesão, formará o trio ofensivo com Romarinho e o argentino Martínez.

No meio, apenas Douglas terá a função de armar as jogadas. Danilo continua fora devido a um corte no pé.