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Equipe joga para evitar vexame histórico

PALMEIRAS
Entre os grandes clubes brasileiros, só o Grêmio caiu com 3 rodadas de antecedência neste século

Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
Faixa de protesto colocada no viaduto Antarctica, zona oeste de São Paulo
Faixa de protesto colocada no viaduto Antarctica, zona oeste de São Paulo
RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

O Palmeiras que foi rebaixado em 2002 lutou até a última rodada para permanecer na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

O time foi parar na Série B só após perder por 4 a 3 para o Vitória na despedida do Nacional. Se tivesse ganho o jogo, teria escapado da degola.

O Palmeiras de 2012, no entanto, pode igualar no domingo a marca negativa do Grêmio -único dos 12 maiores times do Brasil que foi rebaixado com três rodadas de antecipação neste século.

Se perder para o virtual campeão Fluminense, em Presidente Prudente, e Bahia e Portuguesa vencerem suas partidas, o time alviverde terá a ida para a Série B selada.

Restarão ainda 20 dias de competição, certamente repletos de lamentações e protestos. E três confrontos, contra Flamengo, Atlético-GO e Santos, sem nenhum valor para a equipe paulistana.

A precocidade de um possível rebaixamento mostra que a campanha do Palmeiras atual é péssima quando comparada até aos momentos mais negativos vividos pelos clubes de sua estirpe.

Quatro das seis quedas dos grandes desde 2001 foram decretadas só na última rodada da competição. Além do Grêmio, o Atlético-MG caiu na penúltima partida em 2005.

A passagem dos gaúchos para a Série B, a mais precoce dos gigantes, aconteceu no dia 28 de novembro de 2004.

O Grêmio tinha de vencer para se manter na elite. O placar chegou a marcar 3 a 0 para o Atlético-PR, a equipe gaúcha reagiu e empatou, mas não foi suficiente.

A queda atleticana teve menos toques de crueldade. Aconteceu com empate sem gols contra o Vasco, em casa. Romário, o craque do clube carioca, perdeu um pênalti.

O Atlético-MG só teve de jogar uma vez já rebaixado e derrotou o Juventude.

Agora, segundo o treinador Gilson Kleina, são necessárias quatro vitórias consecutivas para a equipe ficar na elite. Mas nem esse milagre lhe traria a certeza de evitar mais um descenso.

Antepenúltimo, o Palmeiras tem 33 pontos e pode chegar no máximo a 45. Portuguesa e Bahia, os primeiros times fora da zona de rebaixamento, já têm 40, e o Sport, 17º colocado, soma 36.

"Se a gente não acreditar, quem vai acreditar? Sabemos que está difícil e estamos conscientes de que o campeonato está acabando. Enquanto tiver chance, vamos lutar", disse o meia Wesley.

A situação desesperadora se deve à dificuldade do time de colher resultados positivos. Seu aproveitamento neste Brasileiro é de só 32,3%.

Entre os grandes rebaixados neste século, só aquele Grêmio, lanterna em 2004, teve desempenho pior: 28,2%.

Nem o Botafogo que terminou em último no ano da queda palmeirense, 2002, foi tão mal quanto o time que começou 2012 sob o comando de Luiz Felipe Scolari e hoje é dirigido por Kleina.

Na ocasião, os cariocas fecharam sua participação na Série A, então disputada em somente um turno, com 33,3% dos pontos possíveis.

"Não podem falar que não estamos correndo. Mas é difícil achar explicações. A culpa é da gente. Demoramos para reagir. Mas não vamos jogar a toalha", afirmou o zagueiro Henrique.


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