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Encorpada

Planejamento da Fifa é fazer com que a Copa das Confederações perca status de evento-teste e vire torneio de alto padrão

Sergio Moraes - 30.out.2012/Reuters
Obras no estádio do Maracanã, palco da final da Copa das Confederações
Obras no estádio do Maracanã, palco da final da Copa das Confederações
BERNARDO ITRI DO PAINEL FC MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

A Fifa deve confirmar hoje, em São Paulo, a maior Copa das Confederações da história, o que intensifica o projeto da entidade em transformar a competição em mais do que apenas um evento-teste para a Copa do Mundo.

Como a Folha divulgou ontem, Recife deve ser confirmada como a sexta cidade-sede, beneficiada pelo atraso na obra do principal estádio do torneio, o Maracanã, que será entregue ainda depois da Arena Pernambuco.

Houve também forte pressão do governo federal para que a entidade garantisse Recife, com o argumento de que a imagem de organização do país para o exterior seria manchada com a exclusão -a Fifa estava reticente em relação à sede, com medo de que gramado e setores de hospitalidade (áreas VIP, de patrocinadores e de imprensa) não ficassem adequados.

A relação entre governo federal, Fifa e COL (Comitê Organizador Local) melhorou consideravelmente com a saída, em março, de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e do COL. A presidente Dilma Rousseff confirmou até presença em São Paulo para o sorteio dos grupos do torneio, no dia 1° de dezembro.

DISTÂNCIAS

A presença de Recife igualará o número de sedes de 2001, na Coreia do Sul e no Japão, mas com uma diferença que torna a competição no Brasil de maior porte.

Há 11 anos os grupos foram setorizados por país: o A na Coreia e o B no Japão. No ano que vem, os oito participantes vão rodar pelo país até seis vezes mais do que a média de deslocamentos, por quilômetros, das quatro últimas edições do evento.

Para convencer a Fifa a aumentar o número de sedes de quatro (na África do Sul, em 2009) para seis, em meados de 2011, o COL planeja tornar a competição tão rentável quanto uma Copa do Mundo.

Assim, Recife e Salvador se juntaram a Brasília, Rio, Belo Horizonte e Fortaleza.

Com três cidades no Nordeste, diminuiu um vácuo que incomodava os organizadores: as distâncias continentais do país, principalmente entre as regiões Sul e Nordeste. A maior distância entre as sedes será entre Fortaleza e Rio, de 2.805 km.

Com essas distâncias minimizadas, manteve-se o foco de atrair o maior número de turistas ao evento, que normalmente se restringe à população local. Além disso, evitou-se as grandes oscilações de temperatura que poderiam ocorrer com cidades da região Sul, mais fria, como Porto Alegre e Curitiba -o que foi impossível replicar na tabela da Copa do Mundo.

A sorte também colaborou e, pela primeira vez, a Copa das Confederações terá quatro campeões mundiais: Brasil (anfitrião), Espanha (campeã da última Copa), Itália (vice da Euro) e Uruguai (Copa América). Completam a lista México, Japão, Taiti e um time africano, não definido.


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