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PM dobra número de homens para jogo

PALMEIRAS
Delegação do clube terá 30 seguranças e policiais à paisana em partida que pode rebaixar time

RAFAEL REIS ENVIADO ESPECIAL A PRESIDENTE PRUDENTE (SP)

Palmeiras e Presidente Prudente prepararam um esquema de guerra para tentar impedir que a partida que pode decretar o rebaixamento do time paulista à Série B se transforme em uma tragédia.

O clube aumentou o número de seguranças à disposição, e a prefeitura da cidade, que fica a 558 km de São Paulo, pediu policiamento extra para o jogo de amanhã contra o Fluminense.

A Polícia Militar terá 270 homens trabalhando dentro e nos arredores do estádio. É mais que o dobro do número de oficiais normalmente destacados para partidas desta natureza no município.

"Em jogos como esse, de uma só torcida, costumamos usar 120, 130 policiais. Mas tem toda uma tensão extra, por isso o aumento de homens", disse o tenente-coronel Francisco Batista Leopoldo Júnior, do 18º Batalhão de Polícia Militar do Interior.

O esquema armado pela polícia inclui uso de um helicóptero, câmeras de vigilância e viaturas nos arredores das áreas dos hotéis onde os times estarão hospedados.

Alguns oficiais consideram exagerado o plano de segurança para o confronto, já que o Fluminense tem cota de apenas 4.000 ingressos, menos de 10% do total.

Porém, os possíveis conflitos entre torcedores rivais não são a maior fonte de preocupação em Presidente Prudente. Esse papel cabe a confusões entre palmeirenses e ao risco de perseguição contra jogadores e dirigentes.

Tanto que o clube paulista contará com 30 seguranças particulares, entre funcionários e contratados especificamente para essas partidas. Em jogos comuns, o contingente é de 15 homens.

"O cuidado é maior que o comum. É parecido com o que fazemos em clássicos. Estamos tomando todas as providências para que não aconteça nada de anormal", disse o chefe de segurança do Palmeiras, Faustino Caputo.

Durante a semana, a diretoria chegou a cogitar utilizar 70 seguranças na partida. O número foi reduzido depois da promessa de Presidente Prudente de colocar policiais à paisana para auxiliá-los.

A tensão dos últimos dias também levou o Palmeiras a espalhar o rumor de que poderia antecipar em segredo a ida para o interior. A delegação, no entanto, só deve chegar à cidade hoje à tarde.

A volta sim é um segredo. Até a conclusão desta edição, nem a Polícia Militar havia sido avisada pelo clube sobre o dia e o horário que eles deixarão a cidade do interior. O certo apenas é que o Palmeiras retornará para São Paulo em um voo fretado.

O risco de tragédia foi sentido na semana palmeirense.

Alguns jogadores, ameaçados por torcedores, passaram a andar acompanhados de seguranças. Pichações nos muros da sede social do clube prometeram a morte do presidente Arnaldo Tirone.

E o treinador Gilson Kleina e o atacante Barcos usaram suas entrevistas coletivas para pedir paz à torcida.


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