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Málaga não sente efeito de corte de gastos e vai bem em 2 torneios
ESPANHOL
Estreante na Copa dos Campeões, clube já tem vaga garantida
Há um time espanhol classificado com duas rodadas de antecipação para as finais da Copa dos Campeões. Mas não é Barcelona ou Real Madrid, os gigantes do país. Nem o Valencia, o mais consistente dos candidatos à terceira força da nação campeã mundial.
Na estreia na competição, o Málaga completa dentro de campo o projeto que foi abortado fora dele.
O plano do qatariano Abdullah al Thani ao comprar o clube, dois anos atrás, era transformar o modesto time acostumado a lutar contra o rebaixamento numa espécie de Barcelona de Andaluzia.
Depois de gastar mais de € 70 milhões (R$ 182 milhões, na cotação atual) em reforços, o empresário árabe desistiu de injetar dinheiro para a atual temporada.
Não vendeu o clube. Adequou o orçamento apenas às receitas que o próprio Málaga gera. Muito pouco para quem tinha elenco e pretensões de ser grande.
Al Thani decidiu vender seus principais jogadores, como o meia Santi Cazorla, negociado com o Arsenal, atrasou salários e foi punido com a Uefa com a retenção da premiação paga pelas Copa dos Campeões devido a dívidas.
Incrivelmente, o Málaga não sentiu a mudança. A equipe, quarta no último Espanhol, faz outra vez uma boa campanha: é a quinta.
Surpresa mesmo é o desempenho na Copa dos Campeões. Já bateu Panathinaikos, Zenit, Anderlecht e até o Milan, obteve a vaga para as oitavas de final e está a um ponto de assegurar o primeiro lugar do Grupo C.
"Muitos acreditavam que o Málaga só vinha para participar, mas nós estávamos convencidos de que passaríamos de fase", disse o técnico chileno Manuel Pellegrini.
O elenco que comanda é repleto de veteranos, como o meia Joaquín, ex-seleção espanhola, o atacante argentino Saviola e Júlio Baptista, que se recupera de lesão. De novidade, só o meia Isco, 20.
NA TV
Málaga x Real Sociedad
19h ESPN
