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Agonia

Mesmo antes de saber o resultado da Lusa, atletas e comissão falavam como rebaixados

DOS ENVIADOS A VOLTA REDONDA

Uma espetada de cada vez, o que prolonga o sofrimento. Desta maneira um membro da comissão técnica definiu a queda palmeirense à Série B. Gol tomado ontem no finalzinho e, o pior, ir ao vestiário e dar entrevista sem saber se o time tinha caído.

A delegação só descobriu na estrada, a caminho de São Paulo, que a Portuguesa empatou com o Grêmio e que o Palmeiras estava rebaixado.

Enquanto Maikon Leite chorava muito no vestiário -ele era, disparado, o mais abalado em Volta Redonda- o jogo que rebaixaria o Palmeiras nem havia começado.

"Estão todos com a camisa na cabeça, alguns chorando. Estão destruídos, mas todos são homens porque tentaram, não se esconderam", disse o técnico Gilson Kleina.

Mesmo sem a confirmação da queda, os jogadores, o treinador, o gerente César Sampaio e o presidente Arnaldo Tirone falavam como se não houvesse mais volta.

"Somos todos culpados, não só quem jogou hoje, os 30, corpo técnico, direção, todos. Os que estiveram aqui hoje deram a cara para bater", disse Barcos.

Tirone, Kleina e César Sampaio conversaram muito nas última semanas. E, aparentemente, um discurso baseado em três pontos foi ensaiado.

Primeiro que o título da Copa do Brasil, em julho, relaxou o time, que demorou a "entrar" no Brasileiro.

Segundo, uma série de lesões, que fez a equipe jogar ontem, por exemplo, com garotos como Bruno Dybal, que estreou no profissional justamente no jogo da queda.

"Teve também a perda dos mandos [foram quatro, por causa de atos de vandalismo da torcida ante o Corinthians]. Jogamos a 600 km, depois 300 km, e isso atrapalha a logística, você tem menos tempo para recuperar jogador", disse o técnico.

Enquanto Gilson Kleina falava, César Sampaio o espiava, atrás dos jornalistas. Campeão de quase tudo pelo Palmeiras nos anos 90, era o que aparentava maior abatimento. Com contrato acabando em dezembro, dificilmente vai permanecer em 2013.

Os torcedores xingaram os atletas, mas não tiveram nem chance de tentar uma agressão, como ainda temem comissão técnica e jogadores.

A polícia local os deixou dentro do estádio por mais de uma hora após a partida, até o ônibus do time deixar o estádio. E a torcida saiu sem saber o resultado de Portuguesa x Grêmio. Antes do jogo, houve confronto entre as torcidas, sem feridos.


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