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Bola parada derruba gols do Brasileiro-12

SÉRIE A Torneio tem menor número de tentos registrado na era dos pontos corridos, que começou em 2003

Ricardo Saibun - 25.out.2012/Agif/Folhapress
O atacante Neymar, do Santos, passa por rivais do Náutico
O atacante Neymar, do Santos, passa por rivais do Náutico
RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A era dos pontos corridos do Brasileiro nunca viu tão poucos gols quanto no campeonato encerrado anteontem. A culpa pela escassez

de redes balançadas é, em boa parte, da bola parada.

As jogadas de falta e escanteio e as cobranças de pênalti, que se tornaram características do futebol nacional na última década, perderam fôlego e fizeram despencar a quantidade total de gols.

Em 380 jogos, os 20 clubes da primeira divisão anotaram 940 tentos, 77 a menos do que no ano passado. A média de 2,47 comemorações por partida é a menor da história do campeonato no modo de disputa atual, iniciado em 2003.

Os gols que tiveram origem em bolas paradas (diretas ou indiretas, como cabeçadas depois de escanteio) despencaram de 316 do campeonato anterior para 273 (13,6%), também a menor marca da Série A nos pontos corridos.

A queda nos tentos sem distinção de origem foi bem menor: de apenas 8,19%.

A crise da bola parada acontece curiosamente no ano do repatriamento de jogadores que costumam dar muitas assistências em faltas e escanteios, como o são-paulino Jadson e o gremista Zé Roberto, e em um momento de alta do atleticano Ronaldinho, outro especialista.

Também coincide com o retorno à seleção brasileira de um treinador cujos times sempre tiveram essa jogada como sua principal arma ofensiva: Luiz Felipe Scolari.

Foi Felipão o comandante de um Palmeiras dependente das bolas levantadas por Marcos Assunção em boa parte da campanha que levou o time paulista para a Série B.

Os reflexos da falta de mira ficam escancarados na pouca frequência de gols diretos de falta e de pênalti.

Em 2012, foram convertidos 67 tiros dentro da área, 15 a menos do que na temporada anterior. Há quatro anos, com o Brasileiro já com o mesmo número de clubes e de jogos do torneio deste ano, houve 108 gols de pênaltis.

Os tentos de falta direta, aqueles sem desvio em nenhum jogador, têm caído desde 2009: 50, 47, 42 e agora 35.

Os especialistas nas bolas paradas nem podem culpar os árbitros e reclamar da falta de chances de exercerem esse fundamento.

A média de faltas do Brasileiro, que vinha em declínio desde a primeira temporada dos pontos corridos, voltou a crescer. Em 2012, foram apitadas 36,6 infrações por partida, contra 35,6 do campeonato anterior e 52,6 da edição de estreia desse formato.


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