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COI suspende a Índia por ingerência do governo
OLIMPÍADA
País elege presidente de comitê, que não será reconhecido
O COI (Comitê Olímpico Internacional) decidiu suspender a Índia por considerar que as próximas eleições do comitê olímpico do país estão sob ingerência do governo.
Com a suspensão, de duração indefinida, o país deixa de receber recursos do COI, e seus dirigentes estão proibidos de participar de reuniões e eventos da entidade.
Os atletas indianos não poderão participar de torneios olímpicos defendendo o país, mas poderão competir sob a bandeira olímpica.
No mês passado, o COI já havia manifestado preocupação com a possível ingerência governamental no processo eleitoral e acenou com uma possível suspensão se a situação não mudasse.
"Há mais de dois anos, o COI vem expressando suas mais intensas preocupações", afirmou comunicado divulgado pela entidade.
O Comitê Olímpico Indiano deve organizar hoje o pleito para definir o sucessor de Suresh Kalmadi, ex-presidente que há nove meses está preso condenado por corrupção nos Jogos da Comunidade Britânica de 2010, disputados em Nova Déli. Kalmadi permaneceu no comando da entidade por 16 anos.
O pleito estava marcado para o mês passado, mas foi adiado por causa da renúncia do presidente da comissão eleitoral, S. Y. Quraishi.
Na semana passada, os indianos anunciaram a nomeação de novos membros para a comissão. Como secretário-geral aparece Lalit Bhanot, sobre quem também pesam acusações de corrupção envolvendo os Jogos da Comunidade Britânica.
O COI já anunciou que não vai reconhecer o resultado do pleito que acontece hoje.
O ministro do Esporte da Índia, Jitendra Singh, classificou a suspensão do COI de "muito infeliz". "Só estou preocupado com os esportistas. Espero por detalhes."
Com uma população de mais de 1 bilhão, a Índia tem pouco peso no cenário esportivo, diferentemente da China, potência olímpica. Poucos indianos tentam vaga nos Jogos de Inverno de Sochi-14.
