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Receita mostra que clubes crescem em ritmo chinês

SÉRIE A Os 20 times da elite faturaram, entre 2006 e 2010, mais de R$ 7 bi

FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

O futebol brasileiro se tornou uma indústria bilionária que cresce em ritmo chinês. Dados inéditos da Receita

Federal mostram que os 20 clubes da série A de 2012 faturaram, entre 2006 e 2010, mais de R$ 7 bilhões, em valores atualizados.

O pico de faturamento é também o ano mais recente, o que mostra o aquecimento nas contas dos clubes.

Juntos, os 20 times ganharam em 2010, último ano disponível dos dados, quase R$ 1,7 bilhão, média de R$ 84 milhões por clube.

Em 2006, por exemplo, cada uma das 20 equipes que jogaram a série A de 2012 colocou em caixa, na média, R$ 53 milhões, crescimento real de 63% em cinco anos, ritmo digno de economia chinesa.

Se a elite do futebol fosse uma empresa, a Série A estaria entre as 30 maiores empresas de varejo do país.

O ranking é produzido pelo Instituto Brasileiro dos Executivos do Varejo.

Esse cenário da elite de futebol, de forte crescimento e alto faturamento, só não é perfeito em razão de uma pedra no sapato dos cartolas brasileiros: o alto endividamento.

Os números sobre o faturamento da elite do futebol são oficiais, levantados pela Receita a partir das declarações enviadas pelos 20 times. Como em toda declaração, os dados podem mudar, ou porque o contribuinte fez alterações, ou porque os auditores apuraram inconsistências.

OTIMISMO

As projeções para os próximos anos são otimistas. Cartolas, empresários e governo esperam um boom de arrecadação com a Copa do Mundo de 2014.

Novas receitas são esperadas com as 12 arenas do Mundial, além dos novos estádios do Palmeiras e do Grêmio.

Esses 14 estádios usarão o novo conceito de arena multiúso para tentar fazer mais dinheiro sem depender do desempenho nos gramados.

Um exemplo é o estádio do Morumbi, que o São Paulo aluga por até R$ 1 milhão para a realização de shows.

Soma-se a isso o repasse estimado em R$ 1 bilhão em 2012 somente pelos direitos televisivos.

PAULISTAS

Dos 20 times da Série A deste ano, 12 se concentram na região Sudeste, ou 40%. Mas, de acordo com os dados da Receita, a concentração de dinheiro nessa região é ainda maior. Do R$ 1,7 bilhão faturado em 2010, 75% ficou com clubes do Sudeste.

Pelos números da Receita, pode-se dizer que a indústria do futebol brasileiro é predominantemente paulista.

Se o Sudeste faturou R$ 5,2 bilhões em cinco anos, só os paulistas ficaram com R$ 3,5 bilhões (67%) dessa fortuna.

Ou seja, metade da arrecadação da Série A.

Não há dados discriminados por times, o que configuraria quebra de sigilo.

No período levantado, de 2006 a 2010, todos os títulos foram conquistados por times do eixo Rio-São Paulo.


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