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Peça chave

Mais jovem titular corintiano, o volante Paulinho diz ser só mais um na engrenagem do time

LUCAS REIS SANDRO MACEDO ENVIADOS ESPECIAIS A NAGOYA

Aos 24 anos, Paulinho é o jogador mais jovem do Corinthians de Tite, mas é a chave que muda o estilo de jogo. O volante que marca vira um meia quando é preciso, dá assistências e faz gols.

O camisa 8 jogou na Lituânia e na Polônia, sofreu com o racismo. De volta ao Brasil, passou por Pão de Açúcar e Bragantino antes de chegar ao Corinthians, em 2010.

Hoje é unanimidade no time, presença constante na seleção e sabe que ganhar o Mundial de Clubes no Japão pode lhe render nova chance de jogar na Europa, desta vez em um grande clube.

Em entrevista à Folha, Paulinho diz que não se sente tão importante assim.

Folha - Qual a diferença entre o time campeão da Libertadores e este do Mundial?

Paulinho - Mudam as peças, mas não o padrão de jogo. O entrosamento é muito grande. Nós, no meio de campo, sabemos onde o Danilo prefere a bola, onde o Douglas prefere o passe. Sabemos a hora de infiltrar, o jeito que o Emerson gosta de receber o passe. Por isso estamos com títulos, vitórias.

O que muda para você jogar como volante, como meia e servir o ataque como um pivô?

Nunca deixo de fazer o que eu faço, não importa a formação. O Corinthians joga das duas maneiras, não é problema para mim. Estamos adaptados aos dois esquemas. É uma escolha do Tite que depende das circunstâncias dos jogos. Estamos adaptados às duas formas de jogar.

O que pensa quando dizem que é o motor do time?

Às vezes fico pensando nisso. Não me sinto tão importante quanto tanta gente fala. Eu me sinto um cara importante para o Corinthians, mas igual a todos. Sou simples, tranquilo, faço meu trabalho, mas nada diferente. Manter a regularidade é difícil, ainda mais com jogadores de qualidade.

Já se sente perto da Copa?

Eu tenho essa confiança, é um sonho. Sei que vai ser muito difícil, a concorrência é grande, mas tenho comigo que, como sempre aconteceu na minha carreira, não vai ser diferente. Vou trabalhar e tentar manter a regularidade para estar na seleção.

O que mudou desde 2010, quando você chegou ao clube?

Vocês sabem, não gosto muito de entrevista coletiva. Não é que amadureci, mas o tempo vai passando, os meses, anos. Você convive com outras pessoas, outras conversas e pensamentos. Isso é em qualquer profissão. Você vai se desenvolvendo mais. Converso muito com minha esposa e com os jogadores mais experientes do time, Danilo, Fábio Santos, Douglas. Eu não sabia falar direito no começo. Veja a diferença das entrevistas lá atrás e agora. O comportamento é diferente. Pretendo melhorar cada vez mais.

O que este Corinthians tem de diferente para outros times?

Nosso grupo não tem vaidade. A gente treina de uma forma que dá gosto de ver, sempre leal. Acho que nosso grupo nunca se meteu em nenhum tipo de confusão, polêmica, muito pelo caráter dos jogadores. Não damos motivos para confusão.

O título mundial pode acelerar sua saída do Corinthians?

Eu sou um cara muito decidido. No meio do ano, quando veio a proposta da Inter de Milão, estava disposto a ficar. Se em janeiro aparecer outra e eu decidir ficar, vou ficar. Hoje a minha meta é ficar no Corinthians. Não há proposta nenhuma. Estou focado aqui.

Mas pretende jogar lá fora?

Todo jogador tem esse objetivo: atuar em um grande clube da Europa. Mas tudo tem o momento certo. Na minha vida tudo foi muito natural, espero que não seja diferente. Se aparecer algo que possa ser muito bom para a minha família, vou analisar.


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