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Não tem preço

Com ingressos que beiram R$ 1.000, torneio de tênis no ginásio do Ibirapuera reúne abonado se fãs para ver estrelas do esporte

Avener Prado
Espectadores assistem à partida de Roger Federer e Thomaz Bellucci no Ibirapuera
Espectadores assistem à partida de Roger Federer e Thomaz Bellucci no Ibirapuera
DE SÃO PAULO

A fila de carros de luxo esperando por uma vaga no estacionamento que cobra R$ 50 ao lado do ginásio do Ibirapuera é um bom indicativo do público que, neste fim de semana, acompanhou o Federer Tour, evento que trouxe grandes nomes do tênis internacional para São Paulo.

Com ingressos mais caros do que em vários torneios de Grand Slam, com preços que variavam entre R$ 500 e

R$ 990, não foi de estranhar que as arquibancadas tenham se dividido entre endinheirados e apaixonados -pelo esporte ou pelos atletas que estiveram em quadra.

Bolsas Prada, Chanel e Balenciaga se misturavam nas cadeiras do Ibirapuera a centenas de bonés com as iniciais de Roger Federer, principal estrela do evento que contou ainda com Maria Sharapova, Serena Williams, Jo-Wilfred Tsonga, e Thomaz Bellucci, tenista número um do Brasil.

Mulheres de vestidos finos, com saltos altíssimos, homens de terno e adolescentes envergando marcas como Abercrombie ou Hollister dividiam espaço com grupos de torcedores uniformizados, com bandeiras da Suíça ou "fantasiados" de Federer.

Marcia Fiani, 67, era da última categoria. Aposentada desde o ano passado, virou "torcedora profissional" do atual número dois do ranking.

"Resolvi gastar as minhas economias e o meu tempo livre vendo o Federer jogar", conta Marcia, que levou três faixas, todas em inglês, para seu ídolo, a quem chama de "Federinho". Neste ano, a aposentada, que "descobriu" o tenista em 2007, quando morava no Vietnã, já foi a Roland Garros e Wimbledon para assistir de perto ao suíço.

"É uma brincadeira cara, mas por ele vale a pena", diz ela, que gastou cerca de R$ 2.500 por três dias de jogos.

Mesmo com menos recursos e tempo disponível, as irmãs Vânia Brunetto, 51, e Valéria Morandi, 40, também fizeram questão de ir ao Ibirapuera. Sentadas na parte mais barata do ginásio, contrataram um motorista para trazê-las de Amparo para São Paulo, num "bate-volta" apenas para ver Federer ao vivo.

"Quando ele passou aqui na frente quase tive um enfarte", brinca a professora Vânia, que por sorte tinha a irmã médica a seu lado.

Tão empolgados quanto as irmãs estavam os amigos Diego Farah Ferrero e João Pedro de Murar. Apaixonado por

tênis, Diego ganhou de presente de aniversário de 15 anos dois ingressos para o Federer Tour e escolheu João para o acompanhá-lo.

"Nossas mães nos trouxeram de Sorocaba, nos deixaram na porta do ginásio e foram fazer hora no shopping", explica Diego, iPad na mão.

Não foi só Federer que causou comoção. Maria Sharapova também fez muita gente gastar dinheiro.

"Acho a Sharapova muito gata, e ela é uma musa inspiradora", afirma, empolgada, a estudante de moda Laura Costacurta, 19.

"Por sorte não tive que pagar o ingresso, porque meu pai comprou dois e não pôde vir. Ainda trouxe uma amiga. Queremos ver se a Sharapova tem celulite", diverte-se Laura, antes de pegar sua bolsa de grife, seu smartphone e ir para sua cadeira de R$ 990.


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