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Iluminação ruim e celular podem afetar tecnologia

FUTEBOl
Novo sistema de câmeras é mais preciso que chip na bola; ambos são testados no Mundial de Clubes

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC

A Fifa testa no Mundial de Clubes dois sistemas que prometem acabar com a dúvida corrente no futebol sobre a bola ter entrado ou não no gol. As tecnologias, porém, têm suas imprecisões.

O sistema mais conhecido, com sensores dentro da bola e antena acoplada às traves, é o mais preocupante.

As antenas que ficam na baliza são instaladas em uma estrutura de acrílico de aproximadamente 25 cm, que pode ser atingida pela bola ou pelo goleiro. Um toque na antena pode prejudicar sua captação e descalibrar o sistema.

Segundo especialistas, há ainda a possibilidade de haver interferência causada por sinais de celulares, rádio, entre outros, o que pode atrapalhar o resultado do sistema.

Além disso, essa tecnologia não dá provas de quem está certo: não produz imagens que comprovem que a decisão tomada foi a correta. Procurada pela reportagem para comentar as deficiências, a empresa que produz o sistema não respondeu até a conclusão dessa edição.

O problema de não criar provas de que a decisão indicada foi certa não existe no caso da segunda tecnologia, testada no Mundial de Clubes, a com câmeras instaladas na cobertura do estádio.

São 14 câmeras monitorando o campo inteiro. O sistema capta 500 imagens por segundo, as analisa em tempo real e detecta a bola quando ela fica próxima ao gol.

Quando a bola passa pela linha do gol, um software recebe a informação e envia um sinal para o relógio do árbitro do jogo. Esse processo demanda cerca de um segundo.

Há, no entanto, a possibilidade de o sistema não captar a passagem da bola pela linha, mas não por falha do sistema tecnológico.

A má iluminação do estádio é um fator que atrapalha a captação das imagens. Outra dificuldade pode acontecer caso a bola fique escondida de alguma maneira e passe da linha do gol. Por exemplo, caso um goleiro abrace a bola, sem deixar que ela apareça, e entre no gol com ela.

No mais, a tecnologia das câmeras é, segundo especialistas, mais eficiente do que a com sensores na bola.

Hoje, há três empresas no páreo para fornecer as tecnologias. A Hawk-Eye (com câmeras) e a GoalRef (com sensores na bola), que já estão sendo testadas no Japão, e a GoalControl (com câmeras), que será analisada no início da próximo ano.

Cada tecnologia tem um preço diferente. O sistema com sensores custa US$ 150 mil (cerca de R$ 312 mil), e o com câmeras varia entre US$ 190 mil e US$ 250 mil.

O sistema que mais agradar a Fifa deverá ser posto em prática na Copa das Confederações de 2013. E, possivelmente, na Copa-2014.


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