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Veterano, Emerson diz não se importar com a fama de malandro

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

Aos 34 anos, o carioca Márcio Passos de Albuquerque, que atende por Emerson ou por Sheik, é o mais velho jogador do grupo corintiano que busca o título mundial.

A poucas horas da final, falou à Folha sobre malandragem, disse que jamais jogará em um rival do Corinthians e deu um recado ao Chelsea: "Me deixe quieto. Não tente me provocar".

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Folha - Sente falta de provocações no futebol paulista?

Emerson - Um tempo atrás eu fiz uma brincadeira com o Palmeiras, outro dia foi com o Luis Fabiano. Sou super a favor, desde que não desrespeite a instituição. Essa provocação saudável, que o Viola usava, o Edmundo, o Paulo Nunes, eu sou a favor. Acho que o futebol perdeu a graça, tudo agora é falta de respeito. Daqui a pouco chapeuzinho vai ser falta de respeito.

No Rio isso é mais normal?

Sim, o carioca é mais descolado para isso, leva mais na brincadeira, no bom humor. Em São Paulo parece que tudo soa um pouco mais forte, com ar de marginalidade. No Rio, não. Antigamente tinha aposta entre os jogadores. Mas hoje acabou, passou essa época. Era bonito.

Te incomoda ser chamado de malandro?

Não, pois as pessoas que eu amo, que me conhecem, sabem que isso é coisa de torcedor, de quem não faz parte do meu círculo de amizades. Eu sou o malandro mais bobo que existe, porque eu sou malandro parceiro. Sou amigo, gosto da brincadeira, tenho personalidade forte, dou a minha opinião, independentemente de quem esteja do outro lado do campo.

Mas em campo você costuma usar da malandragem...

Tenho isso desde moleque, aprendi na base ainda. O Pita, ex-jogador e meu ex-treinador, falava que a gente tinha que ser um "gentleman" fora de campo e em campo defender quem nos paga. Nunca esqueci disso. Mistura o lance de eu ser carioca, ter vindo de um lugar simples, comunidade, favela. Mas não sou agressivo, defendo meu lado com lealdade.

Por isso tem tanta identificação com o corintiano?

Estava falando disso com um amigo há uma hora. É meu 11º clube, mas é impressionante a identificação com o torcedor. Depois da Libertadores, aumentou muito mais. Jamais imaginei que isso fosse acontecer. As pessoas têm desejo, vontade, um certo desespero de falar comigo, tirar foto comigo. É um barato e muito gratificante.

Jogaria em algum rival do Corinthians?

Não. Passa longe disso acontecer. Não. É meu trabalho, mas, por respeito à instituição, aos 33 milhões de torcedores, eu não jogaria, não. Isso jamais passou pela minha cabeça.


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