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De olho no futuro

Inspirado no Barcelona, Corinthians já planeja construir centro de treinamento para a base e, assim, estruturar filosofia de futebol do clube

LUCAS REIS SANDRO MACEDO ENVIADOS ESPECIAIS A FRANKFURT

O Corinthians foi campeão do mundo graças ao que comprou, e não ao que plantou: nenhum jogador de suas categorias de base entrou em campo nos jogos no Japão.

O clube diz que uma das metas para o próximo ano é mudar esse cenário. O primeiro plano é construir um centro de treinamento para os garotos. A partir daí, estipular uma filosofia de futebol que comece nas categorias mais jovens e vá até o profissional.

Segundo o presidente Mário Gobbi, o projeto está próximo de começar. "O Corinthians está num processo de reestruturação de suas categorias de base. Nossa luta é começar a construção do CT e juntar todas as categorias em um programa integrado com o profissional", contou.

Nos últimos anos, o modelo adotado pelo Barcelona virou referência mundial. No clube catalão, o estilo de jogo aplicado é o mesmo desde os garotos mais jovens até o seu time A multicampeão.

"Ficamos sem um centro de treinamento. Hoje uma parte treina na Fazendinha [Parque São Jorge] e outra em Guarulhos. Do jeito que a base está fragmentada, fica difícil. Mas, em um futuro bem curto, vamos ter isso", disse.

Gerente de futebol e campeão do Mundial de Clubes como jogador em 2000, Edu Gaspar não vê desprestígio da base no time atual. "Existem as safras. A minha foi maravilhosa. Subiram os 11. Continuamos olhando a base com carinho", declarou.

Da lista de 23 atletas que foram ao Japão, só os goleiros reservas Júlio César e Danilo Fernandes e o meia Giovanni vieram da base. Edu lembra que seis jogadores atuaram no profissional neste ano. "O Giovanni está aqui com a gente e já fez gol. O Antônio Carlos [zagueiro] é outro que está evoluindo."

Para Edu, a boa condição financeira do clube -é o campeão de receitas do Brasil- contribui para que não se queimem etapas ou apresse o aproveitamento da base.

"Quando precisa de uma peça, você pode ir ao mercado. Mas, se está num clube com dificuldade financeira, tem que pressionar o pessoal da base para resolver."

Foi assim, por exemplo, com Paolo Guerrero, herói do Mundial, autor dos dois gols do time. Ele custou cerca de R$ 7,5 milhões ao clube e gerou um retorno imediato.

Segundo Gobbi, o planejamento para 2013 está "pronto". "Os reforços estão engatilhados." O meia Renato Augusto, do Bayer Leverkusen, deve ser o primeiro reforço.


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