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Nova edição agrada pelo horário, mas excesso de curvas preocupa

SÃO SILVESTRE
Desempenho deve ser afetado em prova pela manhã e com trajeto distinto

FABIO LEITE RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO

Um ano após causar polêmica por causa da mudança de trajeto, a São Silvestre voltará a ser encerrada na avenida Paulista neste ano.

Contudo a prova de rua mais tradicional de São Paulo terá, pela primeira vez em 88 anos, largada no período da manhã, o que a aproxima das provas internacionais, mas pode impactar no desempenho dos atletas de elite.

Para Henrique Viana, técnico de Giovani dos Santos, favorito entre os brasileiros, os melhores desempenhos para o atleta são na parte da tarde ou da noite. "Isso porque o órgãos estão mais habituados ao exercício. Você passa o dia preparando sua musculatura para a prova."

Desde 1989, a elite masculina e o pelotão geral largavam às 17h. Agora, os homens vão partir para os 15 km às 9h, horário semelhante ao de outras provas tradicionais, como as maratonas de São Paulo, Nova York e Berlim.

"Muitos atletas estão acostumados a treinar e competir nesse horário. Isso deve gerar uma diferença na chegada dos atletas de elite. À tarde, a temperatura é mais elevada. Pela manhã, deve haver menos desgaste", disse Luiz Antônio dos Santos, técnico do queniano Joseph Aperumoi, campeão da Meia-maratona de São Paulo.

PERCURSO

O retorno da chegada da prova na avenida Paulista agradou aos técnicos. Mas, para garanti-lo, a organização da prova teve de fazer algumas alterações no trajeto, que deixaram a prova com menos retas e mais curvas.

"Ela ficou um pouco mais recortada, mais travada, com mais curvas e retas mais curtas. Isso vai fazer com que os atletas sofram uma alternância de ritmo considerável, o que tende a favorecer os atletas menos velozes", avaliou o treinador Cláudio Castilho.

Segundo Moacir Marconi, o Coquinho, técnico e agente de dez estrangeiros -entre eles o vice de 2011, Mark Korir-, a prova tem menos subidas e favorece atletas com passadas mais curtas.

"Mesmo assim, ela continua sendo uma prova difícil e equilibrada. Acho que não será muito diferente dos outros anos e a definição pode sair nos quilômetros 9 e 12, que é a subida da Brigadeiro", afirmou.

Para Adauto Domingues, técnico de Marilson Gonçalves, último brasileiro campeão da prova e ausente neste ano, a mudança agradou mais por aspectos históricos. "A chegada na avenida Paulista é melhor, mantém o charme da prova."


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